SóProvas


ID
4198705
Banca
VUNESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o trecho do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira.


O sapo-tanoeiro

[...]

Diz: — “Meu cancioneiro

É bem martelado.


Vede como primo

Em comer os hiatos!

Que arte! E nunca rimo

Os termos cognatos.


O meu verso é bom

Frumento sem joio.

Faço rimas com

Consoantes de apoio.


Vai por cinquenta anos

Que lhes dei a norma:

Reduzi sem danos

A formas a forma.


Clame a saparia

Em críticas céticas:

Não há mais poesia

Mas há artes poéticas...”


(Estrela da vida inteira, 1993.)



No trecho, o “sapo-tanoeiro” representa uma sátira aos

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO:

    O sapo-tanoeiro é uma sátira ao rigor formal dos poetas parnasianos. Tanoeiro é o construtor de barril, conotando o burilamento estético pretensioso e vazio do Parnasianismo. O poema satírico Os Sapos, de Manuel Bandeira, foi declamado na segunda noite da Semana de Arte Moderna, em 1922.

    Manuel Bandeira --> Modernismo

    características :

    • valorização da linguagem, métrica e rima
    • oposição a liberdade formal