E eram numerosos os canais de recuperação utilizados [...].
A faringite era curada com chá de formiga e gargarejo com
sal, a enterite com chá de cidreira e a cefaleia com folhas de
algodão aquecidas ou gengibre. Para piolho, indicavam raspa
de coco misturada com enxofre, para epilepsia chá de pena
de garça e para difteria banhos de sândalo e alcaçuz. A asma
era tratada com banha de ema, as luxações e entorses com
emplastro de clara de ovo batida com breu e hemorragias com
suco de arnica. A verminose, muito comum entre os membros
do bando em decorrência da pouca higienização, era curada
com lavagem de manipueira, utilizada como purgante. Até
para a impotência, preocupação já existente na época, havia
receita: chá de velame, chá de cabeça de negro em jejum e
água de arroz. Quem contraísse doença venérea deveria se
tratar com o sumo de doze limões ingerido em jejum após o
sol nascer. [...]. Em momentos de dor, também faziam uso de
superstições, algumas, curiosas [...]: “Mulher menstruada era
impedida de entrar nos quartos de guerra para não arruinar a
ferida”. Amuletos e rezas eram usados com a finalidade de ter
o “corpo fechado” contra os inimigos ou animais perigosos. E
para auxiliar no ato da cura, rezadeiras, beatos e fanáticos por
vezes eram invocados. E quando as crendices e simpatias não
funcionavam, a que recorriam [...]? “O jeito era apelar para outras
práticas, como a tintura de iodo, a pomada de São Lázaro, para
as chagas abertas no meio das brigas, e a banha de baiacu,
para amenizar as dores de hérnias”, (HISTORIADOR..., 2019.
A análise do texto e os conhecimentos sobre a história do Brasil
permitem afirmar, sobre o desenvolvimento dos saberes, que