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ID
4828681
Banca
COPESE - UFPI
Órgão
ALEPI
Ano
2020
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

O papel da assessoria de imprensa nas redes sociais ganha cada vez mais destaque e lança aos profissionais de relações públicas e de comunicação organizacional novos desafios. Nessa adaptação ao novo cenário, muitas assessorias de imprensa não adequam seus métodos e acabam se limitando a trazer para o mundo online as mesmas estratégias e os mesmos produtos utilizados na relação que, antes, mantinham com os antigos meios de comunicação de massa. Sobre o assunto, marque a opção que NÃO corresponde às mudanças nas práticas de assessoria de imprensa com o advento das redes e mídias sociais.

Alternativas
Comentários
  • As mídias sociais mudaram a forma como os asessores e jornalistas se relacionam e até mesmo como os releases são divulgados. Muitos jornalistas olham mais as redes do que os e-mails da redação, se comunicam mais pelos aplicativos e muitas das pautas surgem nas mídias sociais. Se antes um bom jornalista deveria estar nas ruas, para ver a buscar as pautas no cotidiano das cidades, hoje os pauteiros encontram suas pautas em grupos de facebook, whatssap e hashtags do twitter e instagram.

    Por isso, não é mais possível um assessor alheio ao que esta acontecendo nas redes e mídias sociais. Um link de release divulgado no twitter, com um bom gancho, pode ter mais alcance do que um e-mail perdido na caixa de uma redação. Ao mesmo tempo, as pautas em potencial circulam nas redes e sua instituição pode estar lá, na boca da povo, com uma centelha de crise pronta para se espalhar em ritmo exponencial.

    Quanto mais rápido o assessor puder esclarecer e mitigar o princípio de crise, melhor será o trabalho de assessoria.

  • A alternativa B está completamente errada, mas a E também não me parece certa.

  • Sobre a alternativa C:

    "Outra grande mudança que a internet e a tecnologia trouxeram à assessoria de imprensa está no pitching. Esta técnica tradicional, também conhecida por follow-up, que consistia em manter os profissionais de relações públicas em contacto sistemático com os jornalistas na esperança de se conseguir algum espaço em jornais, rádios e televisões, sofreu uma reviravolta, estando agora em ascensão uma nova técnica: o media catching. Este novo termo significa que os profissionais de relações públicas são agora contactados pelos jornalistas que procuram informações específicas e que o processo de receção deixa de ser passivo."

    - A assessoria de imprensa e as redes sociais: Estudo de caso sobre as mudanças no relacionamento fonte-jornalista e o processo de produção do press release - EM: https://journals.openedition.org/cp/1077

  • A assessoria de imprensa tradicional é um departamento interno ou uma agência parceira responsável por intermediar a relação entre uma organização, veículos de comunicação e formadores de opinião. Elabora releases, press-kits e sugestões de pauta. Diferente de outras atividades da comunicação (como a publicidade), a divulgação obtida nessa atividade é gratuita, confere mais credibilidade à notícia junto aos públicos e geralmente resulta na perda do controle sobre o que e quando é divulgado, já que cada veículo possui critérios próprios de seleção, elaboração e exposição da notícia.

    Com a popularização da internet, a assessoria de imprensa passou a trabalhar, também, em diferentes frentes para impactar os públicos de interesse. Muitas organizações começar a utilizar as mídias em seus diversos formatos – espontânea, própria, paga e social – para conseguir exposição estratégica, interação em diversos pontos de contato, engajamento e relacionamentos duradouros.

    Nas redes sociais, a assessoria de imprensa pode identificar tópicos interessantes e criar conteúdos que chamam a atenção dos públicos. Ao trabalhar nesse ambiente, no entanto, é fundamental escolher os canais adequados, utilizar uma linguagem que corresponda ao perfil da rede, e manter sintonia com a identidade organizacional e com os materiais produzidos pelos demais departamentos da empresa.

    Vamos analisar as alternativas e encontrar opção que não corresponde às mudanças nas práticas de assessoria de imprensa com o advento das redes e mídias sociais:

    A) Certo. As redes e as mídias sociais não alteram profundamente a dinâmica do relacionamento entre jornalista e fonte no compartilhamento de informações na quantidade certa, com a máxima qualidade, relevância e clareza. Podem, no entanto, aumentar sua importância por causa da velocidade de circulação da informação e do potencial que pode alcançar. Os assessores, portanto, devem manter a relação com as fontes via redes sociais, mas devem atentar para as especificidades e funcionalidades das mesmas.

    B) Errado. O assessor de imprensa nas redes sociais não deve apenas ficar atento à repercussão alcançada, nas redes e mídias sociais, pelas matérias jornalísticas sobre seu assessorado que foram publicadas na mídia de massa; este deve fazer um trabalho específico para as redes e mídias sociais, de acordo com cada canal e público, realizando as devidas adequações, mas mantendo a mesma identidade e ideia do que foi publicado nas mídias de massa.

    C) Certo. A técnica tradicional conhecida por follow-up, que consistia em manter os profissionais de relações públicas em contato sistemático com os jornalistas, sofreu uma mudança de sentido. Podemos falar em um novo formato de relacionamento – o media catching – no qual os profissionais de relações públicas são procurados pelos jornalistas, em uma atitude ativa destes, em busca de informações específicas.

    D) Certo. O release deixou de ser uma ferramenta exclusiva do jornalismo e pode ser publicado numa página web, em um blog ou mesmo nas redes sociais, chegando simultaneamente ao cliente final e ao jornalista. Nesse contexto, os assessores de imprensa usam os sites e redes sociais para difundir o press-release. É importante ressaltar que, apesar dessa facilidade na publicação, espera-se que os preceitos fundamentais da produção desse produto informativo  (como a relevância, exatidão, interesse e benefício para leitor, e enquadramento) sejam preservados.

    E) Certo. O assessor deve partilhar informação sobre seu trabalho regularmente, através das atualizações do seu estado (status) em redes e mídias sociais, como o Linkedin ou Twitter, de modo a promover o interesse dos jornalistas e dos bloggers pelos assuntos que quer divulgar e aumentar as possibilidades de interação e engajamento.

    Com base nessas explicações, podemos concluir que a alternativa B é a que que não corresponde às mudanças nas práticas de assessoria de imprensa com o advento das redes e mídias sociais.

    Gabarito do Professor: Letra B.


    Bibliografia:

    - Debiasi, Adam Esteves & Borges, Rosane. Assessoria de Imprensa nas Redes Sociais: Explorando as Potencialidades da Web para Criar Modelos Estratégicos de Comunicação Direta entre Empresa e Público. XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Caxias do Sul, RS – 2 a 6 de setembro de 2010.

    - Waters, R. D., Tindall, N. T. J. & Morton, T. S. 2010. Media Catching and the Journalist – Public Relations Practitioner Relationship: How Social Media are Changing the Practice of Media Relations. Journal of Public Relations Research, 22, pp. 241-264.