Questão 4849012

• Banca: VUNESP
• Órgão: EBSERH
• Ano: 2020
• Provas: VUNESP - 2020 - EBSERH - Cirurgião Dentista
• Disciplina: Odontologia
• Assuntos: Periodontia

A associação entre doença periodontal e diabetes mellitus vem sendo estudada há algumas décadas, e atualmente existem evidências científicas suficientes para sustentar a hipótese de relação entre essas doenças. Assinale a alternativa que apresenta informação correta sobre essa associação.

• A. Um dos maiores responsáveis pelas complicações do diabetes nos tecidos periodontais é a formação de AGEs (produtos finais da glicosilação avançada) e sua interação com os Rages (receptores de Ages).
• B. Os diabéticos apresentam microbiota periodontopatogênica subgengival aumentada e níveis elevados de IL-4, IL-10 e fator transformador de crescimento β (FTCβ) secretados por macrófagos no fluido sulcular gengival quando comparados a não diabéticos com o mesmo nível de doença periodontal.
• C. Os fibroblastos em pacientes diabéticos apresentam diminuição da liberação de metaloproteinases da matriz (MMPs) e produção de colágeno alterado e em maior quantidade.
• D. Os diabéticos apresentam diminuição salivar dos níveis de potássio, proteína total, amilase, imunoglobulina A, imuniglobulina G e atividade de peroxidase.
• E. O sistema vascular do paciente diabético tipo 2 apresenta alterações como menor vascularização, menor espessura da parede vascular e diminuição do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) nos tecidos gengivais, quando comparado a pacientes saudáveis.

Gabarito: A

Comentários

• Letra A

• A doença periodontal pode afetar a glicemia da seguinte maneira: a periodontite pode perpetuar um estado inflamatório crônico sistêmico elevado, refletido em aumento nos níveis séricos de TNF-a (alfa) , PCR, IL-6 e fibrinogênio. A inflamação induz a resistência à insulina e tal resistência acompanha as infecções sistêmicas. As infecções sistêmicas aumentam a resistência tecidual à insulina, impedindo a glicose de entrar nas céulas-alvo por vários mecanismos, causando concentrações elevadas de glicose no sangue e exigindo produção pancreática aumentada de insulina para manter a normoglicemia, piorando o controle glicêmico.