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ID
4911679
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Arapongas - PR
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A doença de Chagas é uma antropozoonose de elevada prevalência e expressiva morbimortalidade. Apresenta curso clínico bifásico, composto por uma fase aguda (clinicamente aparente ou não) e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. O vetor (triatomíneo), ao se alimentar em mamíferos infectados com elevadas taxas de T. cruzi, pode se infectar e, ao se alimentar novamente, infecta outro mamífero, inclusive o homem. Entre as formas habituais de transmissão de T. cruzi para o homem estão:


I. Vetorial.

II. Vertical.

III. Por via oral.

IV. Transfusional.

V. Acidentes biológicos.

Alternativas
Comentários
  • São formas de transmissão de Doença de Chagas ao ser humano:

    I. Vetorial.

    II. Vertical.

    III. Por via oral.

    IV. Transfusional.

    V. Acidentes biológicos.

    CORRETA: LETRA C

  • Modo de transmissão

    O vetor (triatomíneo), ao se alimentar em mamíferos infectados com elevadas taxas de T. cruzi, pode

    se infectar e, ao se alimentar novamente, infecta outro mamífero, inclusive o homem.

    As formas habituais de transmissão de T. cruzi para o homem são as listadas a seguir.

    • Vetorial – acontece pelo contato do homem suscetível com as excretas contaminadas dos

    triatomíneos, que, ao picarem os vertebrados, costumam defecar após o repasto, eliminando

    formas infectantes do parasito, que penetram pelo orifício da picada, mucosas ou por solução

    de continuidade deixada pelo ato de coçar (Figura 1).

    • Vertical – ocorre, principalmente, pela via transplacentária e pode ocorrer em qualquer fase da

    doença (aguda ou crônica). A transmissão pode ocorrer durante a gestação ou no momento do

    parto. Há possibilidade de transmissão pelo leite, durante a fase aguda da doença. Já em nutrizes

    na fase crônica, a transmissão durante a amamentação pode ocorrer em casos de sangramento por

    fissura mamária e não propriamente pelo leite.

    • Por via oral – quando há ingestão de alimentos contaminados acidentalmente com o parasito, seja

    o triatomíneo ou suas fezes. Também pode ocorrer por meio da ingestão de carne crua ou mal

    cozida de caça ou alimentos contaminados pela secreção das glândulas anais de marsupiais infectados. Ocorre em locais definidos, em um determinado tempo, por diferentes tipos de alimentos

    – geralmente encontrando-se vetores ou reservatórios infectados nas imediações da área de produção, manuseio ou utilização do alimento contaminado. É o tipo de transmissão que geralmente está

    associada aos surtos de doença de Chagas aguda (DCA). Em grande parte dos casos, tem como

    possível fundamentação o consumo de alimentos contaminados pela não adoção de boas práticas

    de higiene na manipulação dos alimentos e pela invasão humana de habitat silvestres, que aumenta

    os riscos associados à proximidade de vetores e reservatórios silvestres.

  • • Transfusional – também representa importante via de propagação da doença nos centros urbanos,

    sendo considerada a principal forma de transmissão em países não endêmicos (Canadá, Espanha,

    Estados Unidos e outros) e em países latino-americanos que estejam em processo de controle da

    transmissão vetorial. No Brasil, devido à efetividade do controle dos serviços de hemoterapia e,

    consequentemente, maior qualidade do sangue para transfusão, tem-se alcançado significativo impacto no controle da transmissão transfusional do T. cruzi.

    • Por transplante de órgãos – a doença, em sua fase aguda, apresenta-se mais grave, uma vez que os

    receptores são submetidos à terapia imunossupressora. A confirmação do diagnóstico da infecção

    é baseada no isolamento do agente, no sangue ou em biópsias de pele, e/ou soroconversão.

    • Por acidentes laboratoriais – acidentes laboratoriais também podem ocorrer devido a contato

    com culturas de T. cruzi, exposição às fezes de triatomíneos contaminadas ou sangue (de casos

    humanos ou de animais) contendo formas infectantes do parasito.

    • Por outras formas acidentais – foram registrados casos, principalmente em crianças, pela ingestão acidental do triatomíneo e/ou contato direto com as excretas do inseto contaminado com

    T. cruzi. 

    https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf

  • A transmissão acontece pelas fezes do "barbeiro" depositadas sobre a pele da pessoa, enquanto o inseto suga o sangue. A picada provoca coceira, facilitando a entrada do tripanossomo no organismo, o que também pode ocorrer pela mucosa dos olhos, do nariz e da boca ou por feridas e cortes recentes na pele. Outros mecanismos de transmissão são a transfusão de sangue de doador portador da doença, a transmissão vertical via placenta (mãe para filho), a ingestão de carne contaminada ou acidentalmente em laboratórios.