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ID
4981138
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
EMBASA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Acerca dos materiais voltados à construção mecânica, julgue o item a seguir.


As tubulações em aço inoxidável austenítico são usadas em instalações industriais para a condução de fluidos corrosivos a altas temperaturas, entre 400 ºC e 600 ºC. Entretanto, tais tubulações apresentam pouca resistência às baixas temperaturas (abaixo de -100 ºC), devido à aceleração do processo de corrosão intergranular do aço.

Alternativas
Comentários
  • “A estrutura austenítica (como os outros metais de cristalização CFC) não apresenta temperatura de transição dúctil-frágil, sendo, assim, teoricamente, imunes às fraturas frágeis, qualquer que seja a temperatura.

    Na prática, admitem-se as seguintes temperaturas mínimas limites para o emprego desses aços:

    . tipos 316, 317, 321 e todos da série 200: -195 ºC

    . tipos 304, 310, 347 e 348: -255 ºC

    . tipos 304L e 304 ELC: sem limite”

    .

    Referência Bibliográfica: Materiais para Equipamentos de Processo (Pedro C. Silva Telles), 6a Edição

    .

    Gabarito: Errado

  • Para os aços austeníticos, a temperatura de sensitização (temperatura em que o material está sujeito à corroção intergranular) está entre 400-900 graus C.

  • Denomina-se “sensitização” dos aços inoxidáveis a formação de carbonetos complexos de cromo, resultantes da combinação do cromo com o carbono livre existentes nos aços; este fenômeno ocorre quando os aços cromo-níquel, em geral, são submetidos a temperaturas entre 450C e 850C, por um tempo suficiente, como consequência de tratamentos térmicos ou soldagem; nessas condições, o material fica susceptível à corrosão intergranular.
  • Sem decoreba:

    A sensitização ocorre quando o aço inox está sujeito à temperaturas entre 450-850°C. No caso acontece que o cromo que estava presente como CrO2 para proteger o aço da corrosão liga-se com o Carbono do aço formando carbonetos de cromo nos contornos dos grãos, fazendo com que essa região fique sem cromo suficiente (<12%) para formar a película de CrO2 o que ocasiona na corrosão localizada.

    No entanto, caso adicione mais cromo no aço (>20%) o fenômeno deixa de ocorrer pois mesmo com a formação dos carbonetos não haverá região alguma com menos de 12% de Cromo. Outra opção seria adicionar certos elementos de liga (Nb/Ti/Ta) que formem os carbonetos no lugar do cromo nessas temperaturas.

  • Não tenho certeza mas vejo da seguinte forma:

    Segundo o diagrama de Schaeffer o Cromo é um elemento ferritizante enquanto o Carbono é formador de martensita e o Ni é formador de Austenita (aumenta o campo austenítico). Então para o Aço Inox ser austenítico a temperatura ambiente ele precisa ter uma quantidade boa de Níquel e esse elemento vai empurrar para a direita a curva de transformação fazendo com que na temperatura de -100 ºc o aço seja martensitico.

    Além disso, temos duas faixas de temperaturas distintas na formação de precipitados em aços inox, temos de 475 a 750 onde se precipita a fase Sigma e de 900 a 600 ºc onde se precipita o M23C6 (M de metal podendo ser o Cromo) essa sendo a sensitização.