De acordo com Anastasiou e Pimenta (2010), o ensino
superior no Brasil denota influência de modelos europeus
como o jesuítico, o francês e o alemão até os dias atuais.
Sob a influência deste último modelo, a universidade surge num processo de edificação nacional e pela pesquisa,
busca unir entre si tanto professores quanto alunos. No
período da ditadura militar, passaram a vigor as diretrizes
da Lei nº 5.540/68 até a aprovação da Lei n° 9.394/96,
vigente até nossos dias. Nota-se que em suas origens, a
universidade buscou efetivar os princípios de formação,
criação, reflexão e crítica tendo sua legitimidade derivada
da autonomia do saber. Por sua vez, as autoras apontam
o crescente divórcio entre as finalidades da universidade
enquanto instituição social e as esperadas pelo Estado
nacional de caráter neoliberal. Assim, no atual contexto
brasileiro, a universidade vem perdendo sua característica secular de instituição social, tornando-se uma entidade administrativa. Segundo Anastasiou e Pimenta, com
apoio em Chauí (1999), essa passagem deu-se por etapas nos anos 70, 80 e 90.
Nessa terceira etapa, elas situam a universidade