Uma paciente de 32 anos de idade, com 68 kg, previamente
hígida e em uso regular de contraceptivo oral combinado,
procura atendimento no pronto-socorro com quadro de
cefaleia não localizada, iniciada há quatro dias, contínua,
progressiva e sem fotofonofobia associadas. No momento,
relata dor de intensidade 8 (escala visual da dor), refratária
ao paracetamol e dipirona. Nega outras queixas e alergias.
Ao exame físico, observaram-se AC = RC2T com BNF;
FC = 96 bpm; AP = MVF sem RA; FR = 16 irpm; PA = 160
mmHg x 80 mmHg; e SatO2 = 98%. O exame neurológico
mostra-se normal. É realizada tomográfica computadorizada
(TC) de crânio (sem contraste) com urgência, que evidencia
uma hiperdensidade espontânea em topografia do seio sagital
superior, que se encontra um pouco aumentado de tamanho,
e em veia cortical adjacente a ele, à esquerda.
Com relação a esse caso clínico e considerando os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
O atraso no diagnóstico e no início do tratamento pode
fazer com que a paciente evolua para algum grau de
paresia em hemicorpo esquerdo, alteração visual, coma
ou, até mesmo, óbito.