Um homem de 55 anos de idade, natural e procedente do
estado do Pará, com paraplegia espástica C5 AIS C por
queda de dois metros do telhado, em 7 de janeiro de 2020,
comparece ao consultório com queixa de dor em choque e
queimação em membros inferiores, com sensação de frio e
dolorosa, às vezes constante, mas de intensidade variável,
com piora quando tem frio e melhora quando não passa por
períodos de estresse, com pouca melhora com AINH ou
dipirona. Também se queixa de edema e prurido em
membros inferiores. Refere algumas perdas urinárias,
atualmente esporádicas, até que foi orientado, em sua cidade,
a passar sondagem vesical de alívio por pelo menos quatro
vezes ao dia. Apresenta-se com
PA = 150 mmHg x90 mmHg, FC = 115 bpm, FR = 16 irpm,
SatO2 = 99% e rubor facial. Verificam-se panturrilhas sem
sinais de empastamento e pulsos pediosos presentes e
simétricos.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
A abordagem da disfunção erétil deve estar entre as
prioridades no tratamento da lesão medular,
considerando sua natureza biopsicossocial e o impacto
na qualidade de vida desses pacientes.