Embora pareça tratar dos acidentes em Brumadinho e Mariana e, o apagão no Amapá, na verdade a questão apresenta opções acerca da questão da administração pública em oposição à administração privada e, aquela que associa os setores público e privado. O argumento mais forte para a privatização de uma série de empresas estatais, no Brasil e em outros países é de que a administração privada é sempre mais eficiente e lucrativa.
Tal assertiva pode ser contestada a partir da ideia de que a eficiência do setor privado em contraposição à ineficiência do setor público é um discurso construído a partir de uma proposta de governo. É o que defende Aragon Érico Dasso Júnior, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A política de privatizações tomou impulso como estratégia do “Consenso de Washington" (1989), visando transferir empresas do setor público para o setor privado, especialmente para as empresas transnacionais.
Entre as alternativas apresentadas na questão uma aponta qual o conceito que é posto em dúvida a partir do apagão no Amapá, do rompimento da barragem em Mariana e daquela em Brumadinho.
Há que prestar muita atenção ao responder pois o enunciado é vago e, entre as opções há citações como “ até o ano passado" ou “ há cinco anos", sem que sejam apresentadas datas de referência.
A) INCORRETA- Na medida em que os eventos descritos ocorreram em empresas de administração privada, a contestação da maior eficiência do setor privado está correto mas não do setor público/privado tampouco dos contratos e concessões.
B) INCORRETA- A questão não é especificamente sobre um acidente com um serviço administrado pela Eletrobrás mas sim pela Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), empresa privada responsável pelo serviço.
C) INCORRETA- A Isolux era dona da LMTE (Linhas de Macapá Transmissora de Energia), que ganhou, em 2008, a concessão das linhas de transmissão do Pará para o Amapá por 30 anos. Após uma série de problemas financeiros, a Isolux entrou em processo de recuperação judicial em 2016, na Espanha. Portanto, o controle de transmissão de energia não esteve com a empresa até o ano de 2020.
D) CORRETA- O argumento de que a administração privada é sempre mais eficiente do que a pública é questionado face aos eventos desastrosos citados.
E) INCORRETA- Em relação à subestação de transmissão no Amapá a afirmativa está correta mas, não se relaciona com os desastres de Mariana e Brumadinho, que se referem à mineradora Vale .
RESPOSTA: D