Vale a pena a leitura abaixo! Aprofundando o assunto...
Trecho do livro Manual de Direito Constitucional, de Novelino, 2013, Pg. 1026:
"Por ser indissociável do direito à vida e da dignidade da pessoa humana, o direito à saúde possui um caráter de fundamentalidade que o inclui, não apenas dentre os direitos fundamentais sociais (CF, art. 6º), mas também no seleto grupo de direitos que compõem o mínimo existencial.
O dispositivo que consagra a saúde como direito de todos e dever do Estado (CF, art. 196) está consubstanciado em uma norma de natureza principiológica que estabelece fins a serem buscados pelo Estado sem, no entanto, especificar os meios a serem utilizados para tanto.
Por sua vinculação direta à dignidade da pessoa humana, o direito à saúde é titularizado por todas as pessoas que estejam no território brasileiro, independentemente da nacionalidade (brasileiro ou estrangeiro) e do país de domicílio. O principal destinatário dos deveres decorrentes do direito à saúde é, sem dúvida, o Estado (gênero), sendo todos os entes federativos solidariamente responsáveis (CF, art. 23, II). Isso não excluiu, no entanto, a responsabilidade da família e da sociedade nesta área, cujos papéis são extremamente relevantes para conferir maior efetividade a este direito fundamental.
A Constituição impôs aos poderes públicos a adoção de políticas sociais e econômicas de caráter preventivo (e.g., redução do risco de doença e de outros agravos) e reparativo. O princípio do acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, enquanto concretização do princípio da isonomia (CF, art. 5º), impôs aos poderes públicos o dever de agir fornecendo a todos prestações materiais e jurídicas adequadas à promoção e proteção da saúde, bem como sua recuperação nos casos de doença, independentemente da situação econômica do indivíduo."
A título de curiosidade
WASHINGTON - Cerca de 46 milhões de pessoas nos EUA não têm plano de
saúde. Como não existe um Sistema Único de Saúde (SUS) no país,
significa que, se essas pessoas ficarem doentes, precisarão vender o
carro ou hipotecar a casa para pagar as contas do hospital. Despesas
médicas são o principal motivo de falências pessoais no país.
Parte dos americanos com mais de 65 anos ou portadores de
deficiências está coberta por um sistema chamado Medicare, no qual o
governo paga os hospitais e médicos que atendem o beneficiário. E parte
da população de baixa renda entra no Medicaid, outro sistema bancado
pelo governo. Mas grande parte da população - esses 46 milhões - está em
um buraco negro. Muitos estão em uma faixa intermediária - não são tão
pobres para receber o Medicaid, nem tão idosos para o Medicare -, não
têm plano de saúde no emprego e não conseguem pagar um privado.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,entenda-sistema-de-saude-dos-eua-exclui-46-milhoes,431943,0.htm