Um paciente, engenheiro por profissão, aposentou-se aos
65 anos de idade. À época, já apresentava algumas atitudes que
fugiam de seu comportamento habitual: jocosidades
inapropriadas, hipersexualismo, agressividade frequente, gasto
excessivo de dinheiro e alteração da linguagem com
perseverações de frases e ideias. Nos últimos dois anos, evoluiu
com progressiva dificuldade para falar, com redução da
produção verbal e dificuldade para realização de tarefas diárias,
tais como: esquecimento de torneiras abertas e chama de fogão
acesa, perda da habilidade de lidar com as próprias finanças e
dificuldade para fazer compras adequadas. Foi ao geriatra que
fez uma série de testes e pediu alguns exames. No miniexame
do Estado Mental (MEEM), ele obteve 13 de 30 pontos. Os
exames laboratoriais foram normais e a imagem cerebral
demonstrou atrofia dos lobos frontais e das porções anteriores
dos lobos temporais. Foram iniciados tratamentos
medicamentoso e não medicamentoso. Passados alguns meses,
o paciente apresentou um quadro de confusão mental, inversão
do ciclo sono-vigília, agressividade, incontinência urinária, não
reconhecimento de familiares e alucinações visuais. Foi levado
ao pronto-socorro. Administraram diazepan endovenoso e
realizaram uma série de exames. Ele recebeu alta para casa com
receita de diazepan e um antibiótico. Por três dias seguidos, ele
caiu, com apresentação apenas de equimose e escoriações;
entretanto, no quarto dia, caiu à noite e foi encontrado no chão.
Ele teve fratura do fêmur esquerdo.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
A última queda do paciente pode ser classificada como
queda prolongada.