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Resposta: E
A) utilizar o clero jesuíta para garantir a manutenção da emancipação indígena.
B) dinamizar o setor fabril para absorver os lucros dos investimentos senhoriais.
C) aceitar a tutela papal para reivindicar a exclusividade das rotas transoceânicas.
D) fortalecer os estabelecimentos bancários para financiar a expansão da exploração mineradora.
E) implementar a agromanufatura açucareira para viabilizar a continuidade da empreitada colonial.
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A mão de obra escravizada fez parte da construção da base da colonização desde a chegada dos portugueses ao território que será o Brasil. Em um primeiro momento, a mão de obra indígena foi escravizada para a extração de pau brasil e cultivo de cana. Porém, após a chegada dos jesuítas que promoveram a catequização dos índios e a utilização da sua mão de obra nas reduções jesuíticas além da diminuição da população indígenas de uma forma ampla por questões de saúde e fugas, a mão de obra indígena foi paulatinamente substituída pela mão de obra negra escravizada vinda da África.
Os negros africanos escravizados eram comprados pelos portugueses em seus entrepostos comerciais na África. Foram utilizados nas plantações de cana de açúcar das Ilhas do Açores e da Madeira e essa experiência foi a responsável pela introdução da mão de obra negra africana escravizada no Brasil.
A economia no Brasil foi benéfica a Portugal nos séculos XV e XVI, pois teve por base o latifúndio monocultor de cana de açúcar, que tinha por base a mão de obra africana. Assim, desenvolveu também o comércio de tráfico de escravos que pagava tributos à Coroa Portuguesa.
O trecho apresentado não oferece grandes informações acerca do que está sendo perguntado.
Para responder é preciso ter clareza acerca de questões importantes como o escravismo como base da colonização portuguesa no Brasil, além de características da região açucareira.
Na verdade a pergunta, feita de forma indireta, não está muito clara. O que se pede é que seja assinalada a opção que indica a atividade econômica desenvolvida na colônia que está vinculada àquela descrita no trecho.
A) INCORRETA - O clero jesuíta utilizava a mão de obra indígena nas reduções jesuíticas. O argumento utilizado era que estavam catequizando e educando os índios e, assim, os índios trabalhavam em seus territórios sob a ótica de um trabalho como o europeu. Dessa forma, o excedente produzido era vendido e utilizado pelos jesuítas.
B) INCORRETA – Na América Portuguesa foi implantado um sistema de latifúndio monocultor com a mão de obra escravizada. A Coroa Portuguesa rentabilizava com os tributos pagos pela produção de cana de açúcar e com o trafico de escravos.
C) INCORRETA – Os portugueses criaram a rota para chegar até as Índias através do chamado “ périplo africano", colonizando e criando territórios ultramarinos costeando a África, para facilitar o acesso as mercadorias asiáticas. A chegada a América estava relacionada ao contexto de chegada às Índias.
D) INCORRETA – O texto mencionado na questão está relacionando o desenvolvimento do tráfico negreiro ocorrido entre África e Portugal que acontecia em áreas periféricas da Metrópole e passou a ser paulatinamente o responsável pela consolidação da produção de cana de açúcar no Ultramar.
E) CORRETA – A extração de pau Brasil não era o suficientemente eficiente para a colonização do Brasil. A Implementação do sistema de plantation nos principais territórios das colônias era fundamental para que o Brasil atraísse mais colonos e gerasse mais rendimento a Coroa Portuguesa. Os recursos financeiros vieram de acordos com banqueiros flamengos ( holandeses)
Gabarito da professora: Letra E.
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Os portugueses estavam explorando em busca de MINÉRIOS!! Assim, o ciclo açucareiro, por mais rentável e vantajoso que tenha sido, não foi o principal objetivo da Coroa. Por isso a alternativa e diz: "para viabilizar a continuidade da empreitada colonial.", ou seja, para ter renda e CONTINUAR A CAÇA AOS MINÉRIOS.
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Apesar da atividade mineradora ter mão de obra escrava, a economia canavieira foi a atividade mais lucrativa do periodo colonial e voltada completamente para a mão de obra escrava africana.
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seria a letra E por conta que eram os africanos que trabalhavam para os senhores de engenho?? Eu associei o trecho "o tráfico lusitano se desenvolve na periferia da economia metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, o negócio se apresenta como uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda escravista de outras regiões europeias." lembrei dos portos que traziam os escravos, o lucro que isso trazia para a Coroa.
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Este vídeo vai ajudar a entender exatamente o que pede a questão https://youtu.be/uK2VQ_aa7bE
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eu lembrei do ciclo da cana-de -açúcar , marquei letra E
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Gabarito E
Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do século XIV, o tráfico lusitano se desenvolve na periferia da economia metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, o negócio se apresenta como uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda escravista de outras regiões europeias. Por fim, os africanos são usados para consolidar a produção ultramarina.
Vamos entender a formação do Brasil colônia e responder a questão: O Brasil colônia aparece para o mundo Europeu ainda na lógica das Viagens Ultramarinas no início do século XVI (22 de abril 1500). Nesse período da história de Portugal a demanda por colonização era menor, pois o que o rei D. Manuel I, o venturoso, buscava rotas comerciais com a Índia. Nesse sentido o território que viria a ser conhecido pelos europeus como Brasil, Vera Cruz, funcionava como entreposto e parte da rota para contornar o Cabo das Tormentas, atual Cabo da Boa Esperança. Apenas com D. João III, em 1934 é criado o sistema de Capitanias Hereditárias. Com objetivo de povoar, bem como contornar a crise econômica, devido a queda do preço das especiarias.
A empreitada colonial necessitava de pessoas como mão de obra. Algo que Portugal não dispunha. Já em 1525 aporta no Brasil o primeiro navio negreiro. A atividade comercial da cana de açúcar foi escolhida devido ao alto valor agregado da especiaria na Europa. Açúcar era tão caro que foi pago como dote de casamento entre nobres e burgueses abastados. A lógica da escravidão, não se enganem, é a lógica do capitalismo. Nessa lógica o escravo é coisificado como uma peça num engenho de produção de açúcar. A escolha pela escravidão negra no Brasil se deu, como explica Stuart B. Schwartz, pela capacidade da coroa em tributar o escravo em Angola. Havia um ditado popular que dizia: “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não há açúcar; sem Angola, não há escravos”. Ao contrário da América Hispânica onde o trabalho compulsório foi do nativo* e o ouro e a prata foram encontrados com relativa facilidade. Ao longo do século XVI até XVIII a escravidão no Brasil apenas aumentou sua demanda por mais escravos, culminando no século XIX o Brasil foi o maior império escravagista, em valores absolutos, do mundo.
OBS: não quer dizer que não houve escravidão negra na América Hispânica. Houve, mas foi um fenômeno mais concentrado e podemos observar as formações populacionais de Cuba e Colômbia por exemplo.
Fonte para aprofundamento: Laurentino Gomes, Escravidão.