Gabarito D
O Ancylostoma duodenale e o Necator americanus pertencem à família Ancylostomidae e gêneros Ancylostoma e Necator, respectivamente.
São parasitos de aproximadamente 1 cm de tamanho e que habitam a região do duodeno. Os ancilostomídeos tem uma ampla cavidade bucal, provida de lâminas (N. americanus) e dentes (A. duodenale), que lhes permitem aderir à parede do intestino do hospedeiro em busca de alimento (tecido e sangue), fato este que pode promover um acentuado quadro de anemia, o que explica a endemia ser conhecida como “amarelão”.
A transmissão da ancilostomíase ocorre principalmente pela penetração ativa das larvas infectantes do A. duodenale ou N. americanus na pele íntegra do hospedeiro, ou por via oral.
O contágio ocorre quando há contato direto da pele com solo contaminado com larvas infectantes ou por sua ingestão com água. No Brasil, mais de 80% das infecções ocorrem pelo N. americanus.
Os seres humanos são os principais hospedeiros definitivos e reservatórios e são também a única fonte de infecção, o que poderia tornar o controle mais fácil e eficiente.
A transmissão dos geo-helmintos ocorre quando as pessoas infectadas eliminam ovos viáveis no ambiente.
A duração do ciclo evolutivo, que compreende o período do contágio até a eliminação de ovos no ambiente, por meio das fezes, varia de acordo com a espécie infectante, em geral em torno de 40 a 60 dias.
Na fase inicial da doença, o paciente pode apresentar febre, suor, fraqueza, palidez, náuseas e tosse. Após o surgimento das formas adultas no intestino podem ocorrer desconforto abdominal, cólicas intermitentes, perda de apetite, diarreia, dores musculares e anemia de diversos graus e obstrução intestinal.
A migração de grandes quantidades de larvas pelo fígado e pulmão pode ocasionar desconforto na região hepática, ânsia de vômito, febre e tosse, podendo desencadear um quadro de pneumonia verminótica, caracterizada pelos sintomas acima referidos e aumento dos eosinófilos no sangue periférico.
O diagnóstico da infecção por meio de métodos parasitológicos é baseado na observação microscópica dos ovos dos parasitos nas fezes (coproscopia).
O tratamento das geo-helmintíases é simples e feito com Albendazol ou outro helmíntico de uso oral. Uma opção é o Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos.
O tratamento em gestantes deve ocorrer somente após o primeiro trimestre de gravidez.
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_controle_geohelmintiases.pdf