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ID
5102716
Banca
IADES
Órgão
SES-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Um paciente de 32 anos de idade está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) com diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Tem histórico de admissões no pronto-socorro por abuso de álcool e por depressão. Na admissão, foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o qual foi chamado pelo amigo que mora no mesmo apartamento que ele. O paciente havia passado a noite anterior consumindo bebidas alcoólicas e estava em estado de embriaguez ao retornar para casa. O amigo dele retornou algumas horas depois e o encontrou no chão do apartamento, onde aparentemente estava com frio. Na avaliação inicial, apresentava temperatura = 34,9 ºC, pulso = 53 bpm, PA = 75 mmHg x 40 mmHg, SatO2 = 91% em ar ambiente e FR = 17 respirações por minuto. Estava apático, com escala de coma de Glasgow de 7 e mucosas secas. Na ausculta, observam-se roncos bilateralmente, não há sinais de hipovolemia. Ele demonstrou uma progressiva taquipneia, alteração no estado de consciência e depressão respiratória, sendo assim submetido a uma sequência rápida de intubação. Após a intubação, o paciente teve vômitos em moderado a grande volume, sem características de sangrento e não bilioso, foi colocado em manta térmica e aquecido, e realizou-se radiografia de tórax beira leito, que mostrou opacidades bilaterais. O exame toxicológico mostrou-se negativo para drogas. No momento, o paciente segue intubado, em uso de noradrenalina, com sedação e analgesia no modo assistocontrolado, com FiO2 = 35%, PEEP = 10, FR = 20, temperatura = 35,9 ºC, pulso = 64 bpm e PA = 72 mmHg x 39 mmHg.

A respeito desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir.

Quando se sabe a etiologia da SDRA, o tratamento é direcionado para se tratar a causa subjacente e fornecer suporte hemodinâmico.

Alternativas
Comentários
  • A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma forma de edema pulmonar não cardiogênico, devido à lesão alveolar secundária a um processo inflamatório, que pode ser tanto pulmonar quanto sistêmico em sua origem origem. Essa síndrome apresenta-se como hipoxemia aguda com infiltrado pulmonar bilateral, que não pode ser correlacionada exclusivamente com disfunção cardíaca. Como uma síndrome, caracteriza-se pela presença de vários critérios.

    OBS: Pacientes com edema pulmonar cardiogênico costumam ter história de cardiopatia ou hipertensão, enquanto os pacientes com edema não cardiogênico podem apresentar condições preexistentes que aumentam o risco de infecção.

    O manejo da SDRA inclui medidas de suporte e o tratamento específico da condição subjacente causadora da doença. A estratégia de ventilação mecânica recomendada é a chamada ventilação protetora, mantendo menores pressões nas vias aéreas.