SóProvas


ID
5102722
Banca
IADES
Órgão
SES-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Um paciente de 24 anos de idade envolveu-se em um acidente de carro, no qual sofreu fraturas expostas de fêmur e de tíbia do lado direito. Quando chegou ao pronto-socorro (PS), estava alerta, hemodinamicamente estável, com escala de coma de Glasgow de 15. O alinhamento inicial da fratura foi realizado no PS, e a tomografia de corpo inteiro não revelou demais lesões. Uma hora depois, o paciente foi encaminhado ao centro cirúrgico para fixação externa dos ossos fraturados. Durante a cirurgia, a SatO2 estava em 100%, com um FiO2 = 40%, e todas as outras variáveis permaneceram estáveis durante todo o procedimento com abordagem cirúrgica, que durou três horas e teve o alinhamento completo das extremidades ósseas. O paciente foi, então, conduzido à unidade de terapia intensiva (UTI) ainda intubado e ventilado mecanicamente. Estava com cateter de pressão arterial invasiva (PAI). Os anestésicos intravenosos foram gradualmente reduzidos até a suspensão completa. Duas horas depois, o SatO2 diminuiu ligeiramente e foi observada anisocoria. Uma tomografia computadorizada de urgência da cabeça demonstrou um edema cerebral difuso e a herniação das tonsilas cerebelares. Com base nos achados clínicos e radiológicos, bolus repetidos de intravenosos de manitol e corticoide foram administrados com o objetivo de reduzir a pressão intracraniana, que estava elevada. Posteriormente, foi aberto protocolo e confirmada morte encefálica. Naquele momento, constataram-se FC = 89 bpm, SatO2 = 91%, FR = 20 irpm e PA = 80 mmHg x 60 mmHg.

Considerando esse caso clínico e dos conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir. 

Entre os pré-requisitos para constatação de morte encefálica, citam-se: lesão encefálica conhecida e irreversível; ausência de causas tratáveis que possam confundir o diagnóstico; e tratamento e observação em hospital pelo período mínimo de seis horas.

Alternativas
Comentários
    1. PROTOCOLO DE MORTE ENCEFÁLICA

    3.1 CRITÉRIOS PARA ABERTURA DO PROTOCOLO

    De acordo com a nova Resolução do CFM n° 9175/2017, a abertura do Protocolo de ME deve ser aplicada aos pacientes que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente, obedecendo a uma série de pré-requisitos:

     Presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e capaz de causar morte encefálica;

     Ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico de morte encefálica;

     Tratamento e observação em hospital pelo período mínimo de seis horas. Quando a causa primária do quadro for encefalopatia hipóxico-isquêmica, esse período de tratamento e observação deverá ser de, no mínimo, 24 horas.

    Resp. CERTO