- ID
- 5114584
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- SEED-PR
- Ano
- 2021
- Provas
- Disciplina
- História e Geografia de Estados e Municípios
- Assuntos
Na metade do século passado, o contato dos brancos com
os Xetá, grupo indígena de língua tupi-guarani, fragilizado
demograficamente e violentado de diferentes maneiras,
consolidou-se na Serra dos Dourados, no noroeste do estado do
Paraná. Por meio de envenenamentos, remoção forçada, raptos
de crianças e mortes, os brancos, a partir da frente cafeeira que
adentrou o território do grupo, fizeram os Xetá sucumbirem nos
primeiros anos de contato efetivo. Consolidava-se, assim, o
pretendido “vazio demográfico” que permitiria a colonização do
noroeste paranaense. Não tardou para que os Xetá acabassem
declarados oficialmente extintos.
Edilene Coffaci de Lima. De documentos etnográficos a
documentos históricos: a segunda vida dos registros sobre os Xetá (Paraná, Brasil). In: Sociologia e
Antropologia, Rio de Janeiro, v. 8, n.º 2, ago./2018 (com adaptações).
Nas décadas de 20 e de 30 do século XX, a expansão
cafeeira atingiu a região denominada de Norte Novo (longo
território do norte do Paraná, localizado à margem esquerda do
rio Tibagi). Nessa região, a colonização das terras e a divisão dos
lotes contou com ampla participação da Companhia de Terras
Norte do Paraná. A princípio, essa empresa, de origem britânica,
ocuparia a região e estimularia a produção de algodão, para que
essa matéria-prima se tornasse predominante na Inglaterra.
Porém, isso não ocorreu, já que as primeiras plantações de
algodão na região não obtiveram resultados satisfatórios. A
empresa mudou o seu foco e começou a revender as suas terras
em pequenas parcelas territoriais. Além dessa companhia, uma
dezena de outras companhias de terras se instalou ao longo do
norte do Paraná, atuando na colonização e fixação de famílias em
pequenas propriedades. Essa política atraiu para a região
milhares de imigrantes, que vinham com o sonho de conquistar o
seu pedaço de terra e produzir café e outros produtos
alimentícios. O imigrante passou a ser considerado o fator de
estabilidade para o desenvolvimento das cidades e o aumento da
produção. Nessa época, o Paraná tornou-se a principal fronteira
agrária e agrícola do país, atraindo tanto imigrantes europeus
quanto migrantes nacionais.
Angelo Priori et al. História do Paraná: séculos XIX e XX. Maringá: Eduem, 2012 (com adaptações).
Considerando os textos precedentes, assinale a opção correta,
acerca do avanço agrícola no Paraná.