Fenômeno também conhecido como "uberização"
Se o contexto de difusão de tecnologia e a criação de aplicativos de entrega rápida permite a otimização do tempo de quem é usuário em razão das intermináveis atividades cotidianas dadas pelo trabalho, estudos, lazer, família, etc; por outro lado as relações de trabalho estabelecidas entre os donos desses aplicativos e entregadores resultam na precarização do trabalho.
Não é possível ignorar a consequência direta das reformas – trabalhista e previdenciária – nessas relações. Isso amplia as discussões sobre a interferência do Estado como regulamentador das relações de trabalho à luz do Estado de Bem Estar Social, observando como a intervenção mínima dele a partir de das concepções do Estado Liberal prejudica o trabalhador.
Os que são contra a lógica estabelecida por esses aplicativos, nos alertam para o fato de que enquanto os idealizadores dos aplicativos ficam cada vez mais ricos, os entregadores sequer possuem qualquer vínculo empregatício. Desta forma, assumem os riscos na execução da entrega sem que as empresas sejam responsabilizadas, seja na manutenção desse trabalhador com o oferecimento do aparato necessário como celular, bolsa térmica e jaquetas, seja na eventualidade de acidente de trabalho, estando completamente desprotegidos.
Fonte: https://revistaafirmativa.com.br/entregadores-e-motoristas-de-aplicativos-a-uberizacao-do-trabalho-e-a-resistencia-dos-trabalhadores/