- ID
- 5184676
- Banca
- IESES
- Órgão
- Prefeitura de Palhoça - SC
- Ano
- 2021
- Provas
- Disciplina
- Medicina
- Assuntos
O tratamento do choque anafilático deve ser iniciado
com rapidez nos serviços de saúde de urgência e
emergência. É importante saber que, apesar de ser
uma situação de emergência, é controlável e reversível
desde que diagnosticada e tratada a tempo. O
esclarecimento e a correta orientação do paciente e de
seus familiares, bem como a prevenção, constituem o
melhor tratamento da anafilaxia, reduzindo sua
mortalidade.
É correto afirmar sobre o tratamento do choque
anafilático:
I. São mínimas as evidências que sustentam o uso de
anti-histamínicos H2 no contexto de emergência
alérgica. Em adultos, sua administração, em
conjunto com anti-histamínicos H1, determina
bloqueio H1 mais eficaz e resolução mais rápida da
urticária. Não existem, entretanto, diferenças em
relação ao controle da pressão arterial sistêmica e
de outra sintomatologia em relação ao uso isolado
de bloqueadores H1. Se for feita opção pelo seu
uso, a ranitidina é a droga de escolha, 50 mg (ou
1,25 mg/kg/dose para crianças), intravenosa, em
cinco minutos, até de 8/8 horas.
II. Em casos sem evidências de choque, a epinefrina
pode ser administrada por via endovenosa (EV), o
que propicia picos mais rápidos e mais
concentração que a via subcutânea, sendo esta
reservada para casos mais leves de anafilaxia. A
dose (EV) preconizada é de 0,8 a 0,9 mg (0,8 a 0,9
mL de uma solução de 1:1.000), podendo ser
repetida cinco a 10 minutos, quando necessário. A
infusão IV é indicada nos pacientes com hipotensão
arterial, sinais de choque ou naqueles que não
respondem à administração EV de epinefrina e à
reposição volêmica. A dose IV recomendada é de
10 a 20 ug por minuto, em infusão contínua.
III. Os corticoides são usados empiricamente com o
intuito de se procurar evitar reações tardias,
objetivo nem sempre atingido. Podem atuar
também no manejo do broncoespasmo.
Provavelmente não desempenham papel relevante
no tratamento da fase aguda e seus efeitos só são
observados horas após sua administração. A
metilprednisolona é a droga de escolha, 125 mg (1
a 2 mg/kg/dose para crianças) de 6/6 horas, IV.
Uma vez instituída a corticosterapia, ela pode ser
interrompida em três a quatro dias.
IV. O glucagon constitui opção de tratamento para
reações pouco responsivas à epinefrina, com
hipotensão e bradicardia refratárias, como em
pacientes em uso de beta-bloqueadores. Antes de
indicá-lo, deve-se aferir se a epinefrina foi
administrada adequadamente, além de verificar sua
validade. O glucagon é agente inotrópico e
cronotrópico positivo e exerce efeitos vasculares
independentes dos receptores beta-adrenérgicos.
Induz também o aumento de catecolaminas
endógenas. Seus efeitos colaterais mais comuns
são náuseas, vômitos e hiperglicemia. É usado nas
doses de 1 a 2 mg (20-30 mg/kg, máximo de 1 mg
em crianças), IV, em cinco minutos, seguido de
infusão contínua de 5 a 15 mg/minuto. Outra opção
é o uso IM, 1 a 2 mg de 5/5 minutos.
A sequência correta é: