Brasilia, D.F., Brasil, 8 de maio de 2020 – Em 8 de maio de 1980, a 33ª Assembleia Mundial da Saúde declarou oficialmente: "O mundo e todos os seus povos estão livres da varíola". A declaração marcou o fim de uma doença que atormentou a humanidade por pelo menos 3 mil anos, matando 300 milhões de pessoas somente no século XX.
A doença foi erradicada graças a um esforço global de 10 anos, liderado pela Organização Mundial da Saúde, que envolveu milhares de profissionais de saúde em todo o mundo para administrar meio bilhão de vacinas para eliminar a varíola.
Os US$ 300 milhões usados para erradicar a varíola salvaram ao mundo bem mais de US$ 1 bilhão por ano desde 1980.
Em um evento virtual realizado na sede da OMS, envolvendo atores-chave nos esforços de erradicação, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que, “enquanto o mundo confronta a pandemia de COVID-19, a vitória da humanidade sobre a varíola é um lembrete do que é possível quando as nações se reúnem para combater uma ameaça comum à saúde".
O mundo se livrou da varíola graças a uma demonstração incrível de solidariedade global e porque possuía uma vacina segura e eficaz. Juntas, solidariedade e ciência trazem a solução.
Mais informações pelo e-mail: privatesectorpartners@who.int
fonte: https://www.paho.org/pt/noticias/8-5-2020-erradicacao-da-variola-um-legado-esperanca-para-covid-19-e-outras-doencas.
Complementando: até o final da década de 80, o sarampo era uma doença endêmica no território nacional, com epidemias a cada dois ou três anos. Em 1990 houve a última grande epidemia de sarampo no Brasil. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). A doença reapareceu em 2018, nos estados do Amazonas, Roraima e Pará, trazida por venezuelanos que fugiam da crise em seu país. O Amazonas foi o Estado mais afetado na ocasião. Os surtos de sarampo fizeram o Brasil perder a certificação dada pela OPAS, após a confirmação de mais um caso endêmico, ou seja, dentro do território brasileiro, no Pará. Um novo surto ocorreu em 2019 e São Paulo registrou o maior número de casos. No estado paulista, foi também confirmada a primeira morte por sarampo no país desde 1997. O vírus deste surto, entretanto, é distinto: entrou no Brasil por meio de viajantes infectados que vieram de Israel, Malta e Noruega. Um rapaz que foi a um casamento em Israel e voltou ao Brasil incubando a doença foi considerado o caso número um em São Paulo.
Fonte: prof. Leandro Signori/Estratégia Concursos.