Na espectrometria atômica em chama, algumas amostras não são adequadamente atomizadas por
formarem compostos refratários, ao evaporar-se o solvente. Nesses casos, podem-se utilizar chamas
mais quentes, pela utilização de óxido nitroso (N2O), como comburente, no lugar do ar comprimido. No
entanto, temperaturas muito elevadas podem gerar interferências de ionização, nas quais o átomo que
deveria absorver ou emitir luz encontra-se parcialmente ionizado, reduzindo o sinal, uma vez que os
íons formados não absorvem, ou emitem, luz no mesmo comprimento de onda do átomo em questão.
Essa interferência pode ser eliminada pela adição às amostras e aos padrões de um supressor de
ionização, como o KCl.
Com relação à interferência de ionização é CORRETO afirmar que
I - o supressor de ionização é um sal que contém um metal facilmente ionizável, que, ao se ionizar
reduz a temperatura da chama, impedindo a ionização do analito.
II - a supressão da ionização se dá pelo deslocamento de equilíbrio gerado pelo aumento da pressão
parcial de elétrons na chama, após a ionização do supressor.
III - a interferência de ionização é multiplicativa. Quando observada em uma curva de calibração, acarreta
um coeficiente angular mais baixo, do que o obtido após a adição do supressor de ionização.
IV - os elementos de fácil ionização, como os metais alcalinos, podem apresentar essa interferência,
mesmo em chamas de acetileno/ar.
Em relação a essas afirmativas, estão CORRETAS: