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ID
5315245
Banca
FGV
Órgão
PC-RN
Ano
2021
Provas
Disciplina
Criminologia
Assuntos

Em sua obra “História dos pensamentos criminológicos” Gabriel Anitua explica que, para determinada corrente de pensamento, “o problema do desvio (... encontra-se (...) na estrutura social. A estrutura social não permite a todos os indivíduos que seu comportamento se oriente de acordo com as metas e meios culturalmente compartilhados”.
O trecho do citado autor se refere à perspectiva da teoria:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Teoria da anomia: autores: Robert Merton e Émile Durkheim

    Teoria da associação diferencial: autor: Edwin Sutherland

    Teoria do etiquetamento social: autores: Erving Goffman,Edwin Lemert e Howard Becker

  • Teoria da anomia: de cunho funcionalista, teve dois grandes pensadores: Émile Durkheim e Robert Merton, cada um com sua própria concepção. Para Durkheim, anomia representa a ausência ou desintegração das normas sociais, que acarreta uma ruptura dos padrões sociais de conduta, produzindo uma situação de pouca coesão social. Para ele, haverá anomia sempre que os mecanismos institucionais não estiverem cumprindo o seu papel. Exemplo: a ideia de impunidade favorece a criminalidade. Nessas hipóteses, o indivíduo começa a flexibilizar as regras socialmente aceitas (Ex: é proibido roubar) e começa a praticar comportamentos delituosos.

    Para Durkheim, o crime, até certo ponto, seria um fenômeno normal e útil, tendo a pena a função de reforçar a consciência coletiva a respeito dos valores que devem ser preservados.

    É justamente por conta dessa ideia de que o crime exerceria um papel funcional na sociedade que a teoria da anomia é caracterizada de funcionalista. Contudo, a partir do momento em que os mecanismos institucionais não mais cumprem seu papel, ou seja, no nosso exemplo, a partir do momento em que o Estado não mais puna o indivíduo que rouba, os cidadãos recebem a mensagem de que o patrimônio não é mais um bem jurídico importante e tutelado pelo Estado, e é justamente nessa situação que surge a anomia, pois tal os indivíduos não se veem mais obrigados a seguir padrões sociais de conduta

    Teoria da Labelling Approach, Reação Social, Interacionismo Simbólico ou Etiquetamento (teoria do conflito). Para essa teoria, o ponto central da criminalidade não é uma característica do comportamento humano, mas sim a consequência de um processo de estigmatização do indivíduo como criminoso. Logo, o delinquente só se diferencia do homem comum pela “etiqueta” que lhe é atribuída. A teoria da rotulação de criminosos cria um processo de estigma para os condenados, funcionando a pena como geradora de desigualdades. O sujeito acaba sofrendo reação da família, amigos, conhecidos, colegas, o que acarreta a marginalização no trabalho, na escola. A teoria entende que a criminalização primária (primeira ação delitiva) produz uma etiqueta (rótulo) de criminoso, o que acaba influenciando para a criminalização secundária (repetição de atos delitivos). Assim, verifica-se que essa teoria melhor identifica a realidade do sistema penal e carcerário brasileiro.

    Associação Diferencial (teoria do consenso), delineada por Edwin Sutherland, a qual assevera que o comportamento desviante era aprendido por associação, combatendo a ideia de que se tratasse de algo hereditário. O crime não pode ser definido apenas como disfunção ou inadaptação das pessoas de classe menos favorecidas, pois, alguns comportamentos desviantes requerem conhecimento especializado, ou ainda habilidade de seu agente, o qual aprende tal conduta desviada

  • C.A.S.A. em CONSENSO não entra E.M. CONFLITO

    TEORIA DO CONSENSO:

    • Chicago
    • Anomia
    • Subcultura do delinquente
    • Associação diferencial

    TEORIA DO CONFLITO

    Etiquetamento / labelling aproach

    Marxista / crítica

    1. Teoria da Anomia: A anomia é uma situação social em que há falta de coesão e ordem, especialmente, no tocante a normas e valores sociais. Essa escassez resultaria em uma sociedade levada a um estado de precariedade pela falta de ordem, de modo que cada um seguiria suas próprias normas individuais.
    2. Teoria da Associação Diferencial: o comportamento criminoso dos indivíduos tem sua gênese pela aprendizagem, bem como contato com padrões de comportamento favoráveis à violação da lei.
    3. Teoria da Subcultura Delinquente: defende a existência de uma subcultura da violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência como um modo normal de resolver os conflitos sociais. Sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam de cumprir as leis, tratando com desdém ou indiferença os indivíduos que não se adaptam aos padrões do grupo.
    4. Teoria Critica: sustenta que a criminalidade da classe pobre são questionadas/investigadas, no entanto, na classe alta isso não aconteceria. Parte da ideia de que exista uma certa seletividade por parte do controle social para com os crimes cometidos e seus autores.
    5. Teoria do Etiquetamento (Labeling Approach): marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são construídas socialmente a partir de uma definição imputada ao sujeito, ou seja, uma especie de etiqueta. O seu Modus operandi, seus antecedentes, suas características, tatuagens, condições pessoais contribuiriam para que ele seja rotulado como delinquente ou não. Segundo esse entendimento, a criminalidade não é uma propriedade inerente a um sujeito, mas uma “etiqueta” atribuída a certos indivíduos que a sociedade entende como delinquentes.

  • Acertei a questão. Seguinte: geralmente o autor + citado quando se fala na Teoria da Anomia é o Émile Durkheim, mas também há o Robert Merton. Vejam as principais diferenças entre eles:

    Anomia (Teoria estrutural funcionalista):

    I) Durkheim: o crime servia p/ empurrar as barreiras, c/ atos de contestar valores. Ex: fumar maconha em público, mesmo contra as leis.

    Visa afrontar certo padrão de comportamento, visando reconhecer a maconha como algo adequado. Ex: legalização do uso de drogas/aborto... Gerar evolução social;

    II) Robert: pensa diferente. P/ ele, é a não observância da norma em face de uma discrepância entre 1) valoração cultural e 2) estrutura social.

    Anomia não é a ausência de leis, mas ausência de sua eficiência p/ se evitar o crime. Impunidade é certa. Não há satisfação pessoal p/ ele. Hoje, tem valor quem consome. Se não produz riqueza, não há valor, mas nem todos tem acesso. Ex: trocar celular. Se não há meios p/ se alcançar, como obter o tênis, celular de marca? Então, recorre-se à prática de crimes.

    Descompasso da estrutura social. Metas culturais, projetos de vida = tênis de marca

  • “o problema do desvio (...) encontra-se (...) na estrutura social. A estrutura social não permite a todos os indivíduos que seu comportamento se oriente de acordo com as metas e meios culturalmente compartilhados”.

    Anomia significa uma incapacidade de atingir os fins culturais. Ocorre quando o insucesso em atingir metas culturais, devido à insuficiência dos meios institucionalizados (sistema de normas), gera conduta desviante.

    Anomia consiste na falta de ordem e coesão, falta de normas ou existência de muitas normas ambíguas.

    Para Durkheim o desvio é um fenômeno normal da estrutura social, salvo quando ultrapassados os limites, ou seja, ‘o excesso de desvio e a perda de referências normativas leva ao enfraquecimento da solidariedade social’ (para Durkheim a falta de solidariedade leva ao crime). 

    As desigualdades sociais, a escassez de oportunidades, e os contrastes de uma sociedade heterogênea e de consumo, incentivam o surgimento de uma mentalidade de anomia. É muito difícil convencer uma parcela do corpo social, menos abastada, de que o trabalho assalariado compensa mais do que os serviços para o tráfico de drogas, furtos, roubos, etc.

    Em suma, a anomia pode ser traduzida como uma teoria em que o sujeito não aceita as regras de convivência social impostas, inclusive as leis existentes para a mantença da paz social, por sentir-se de certa forma, frustrado, em razão da impossibilidade de atingir os objetivos socialmente estabelecidos através dos meios institucionalizados.

    Fonte: Anotações pessoais de aulas.

  • Assertiva D

    O trecho do citado autor se refere à perspectiva da teoria: funcionalista da anomia, desenvolvida por Robert Merton;

  • A) funcionalista da anomia, desenvolvida por Edwin Sutherland; ERRADO - Os autores que trabalham com a Teoria da ANOMIA são Merton e Durkheim.

    B) da associação diferencial, desenvolvida por Émile Durkheim; ERRADO - Edwin Sutherland – associação diferencial.

    C) do etiquetamento social, desenvolvida pela Escola de Chicago; ERRADO – A Teria do Etiquetamento/ Labeling Approach/ teoria da reação social (Goffman e Becker) é uma teoria do CONFLITO, enquanto que a Escola de Chicado faz parte das teorias do CONSENSO.

    E) criminológica cultural, desenvolvida por Robert Merton. ERRADO - Jeff Ferrell e Keith Hayward.

  • Já pode chora?FGV Rapaz , é só porrada kķkk respondendo essas questão.

  • Simples & Objetivo:

    Teoria da Anomia (Consenso):

    1) E. Durkheim: também chamada de Estrutural-Funcionalista, dizia que o crime tem uma natureza funcional à sociedade, pois reforça os laços de solidariedade entre os indivíduos com o fim de repudiar aquela conduta desviada, ou seja, em palavras simples, o crime serve para a sociedade identificar que aquela conduta não é boa para todos.

    2) Robert Merton: trouxe o pensamento de Durkheim para a criminologia crítica e desenvolveu o seu pensamento de Anomia, o qual era traduzido como o descompasso entre as metas institucionalizadas e os meios culturais de determinada sociedade. Em palavras simples, a sociedade estabelecia metas, como, por exemplo, ter uma família, ir à igreja, ter um bom carro, ser formado etc, mas a sociedade, bem como o Estado, não disponibilizavam meios capazes de possibilitar que todos alcançassem todas as metas, pois nem todos teriam acesso a um estudo de qualidade, a um bom emprego etc.

  • A.      CONSENSO OU INTEGRAÇÃO (TRADICIONAL) E DE CUNHO FUNCIONALISTA:

     

     i.     Escola de Chicago (Teoria Ecológica/Ecologia Criminal);

    ii.     Teoria da Anomia/Funcionalista – Emile Durkheim/Robert Merton

    iii.     Teoria da Associação Diferencial ou da Aprendizagem – Colarinho Branco – Edwin H. Sutherland, Gabriel Tarde

    iv.     Teoria da Subcultura Delinquente ou do Conflito Cultural – Albert Cohen.

     

    B.     CONFLITO (CRÍTICA) DE CUNHO ARGUMENTATIVO – MARX/MAX WEBER/MICHEL FOUCAULT

     

    i.     Teoria do Etiquetamento/ Labelling approach/ Da Rotulação Social/Reação SocialErving Goffman e Howard Becker;

    ii.     Teoria Marxista;

    iii.     Criminologia Crítica ou RadicalAlessandro Baratta – Italiano – desconstrução do sistema penal. Direito Penal mínimo. Somente se justifica caso constitua como meio necessário para proteção de determinado bem jurídico. Direito penal mínimo é diferente da abolição do sistema penal.

     

    1.      CRIMINOLOGIA CULTURAL;

    • Criminologia cultural não é uma nova escola, mas sim uma tendência da criminologia crítica, de base marxista. Teve sua origem nos EUA, no final da década de 90, por Jeff Ferrell.

     

    2.      MINIMALISMO;

     

    3.      Realismo criminológico de esquerda; entende que não só a reação ao delito, mas o delito em si é um problema verdadeiro que afeta a classe trabalhadora

  • Essa questão não está completamente correta. Essas classificações confundem, mas a doutrina mais especializada diz que a teoria descrita refere-se à Teoria Estrutural-Funcionalista da Inovação, sendo essa uma evolução desenvolvida por Merton da Teoria Estrutural-Funcionalista da Anomia de Durkhein.

  • ANOMIA

    Ausência de normas (podendo ser interpretado também como ausência de aderência às normas)

    Durkheim: O crime é um fenômeno natural e necessário ao desenvolvimento da sociedade, desde que dentro de um limite aceitável. Porque? Primeiro para a sociedade evoluir, e segundo porque o criminoso da à sociedade um inimigo em comum, que faz com exista esse espírito de união. O inimigo do meu amigo, é meu inimigo - mais ou menos por aí.

    Merton: Trabalha mais com o ângulo de aceitação ou não do sistema posto, e os meios que as pessoas usam (ou não) para chegar a tanto. Se relaciona com o american dream.

  • Teoria da anomia: autores: Robert Merton e Émile Durkheim

    Teoria da associação diferencial: autor: Edwin Sutherland

    Teoria do etiquetamento social: autores: Erving Goffman,Edwin Lemert e Howard Becker

  • Teoria funcionalista da anomia, desenvolvida por Robert Merton: Quando há uma falha no sistema de funcionamento da sociedade, surge a disfunção. Quando os mecanismos reguladores da vida em sociedade não conseguem cumprir sua função, instala-se a anomia (ausência de normas sociais).

    O crime pode ser considerado fenômeno cultural dentro da sociedade, mas deve permanecer dentro de certos níveis de tolerância. Caso contrário, instala-se o caos - estado de desorganização generalizada - que compromete os sistemas normativos de conduta. A pressão imposta pela sociedade faz com que as pessoas pratiquem crimes, tendo em vista nçao conseguirem seguir essas normas de convivência social.

  • Anomia para Merton é, portanto, a crise da estrutura cultura que se verifica especialmente quando existe forte discrepância entre normas e fins culturais, de um lado, e possibilidades estruturadas socialmente de atuar em conformidade com aquelas.

    A explicação mertoniana do desvio reside na incongruência entre a estrutura social e a estrutura cultural. Um sociedade anômica é caracterizada por uma distribuição seletiva das estruturas sociais, permitindo apenas que alguns indivíduos possam alcançar as metas culturais.

    fonte: Eduardo Viana

  • Anomia significa a ausência de lei. A falta de normas que vinculem as pessoas num contexto social.

    Merton segue a linha teórica do funcionalismo. Afirma que em toda sociedade desenvolvem-se metas culturais que expressam os valores que guiam a vida dos indivíduos em sociedade.

    O insucesso em atingir as metas culturais devido à insuficiência dos meios institucionalizados pode produzir o que Merton denomina de anomia, isto é, um abandono das regras do jogo social. O indivíduo não respeita as regras de comportamento que indicam os meios de ação socialmente aceitos. Surge então o desvio, ou seja, o comportamento desviante.

    ...

    Fonte: < https://bassaf.jusbrasil.com.br/artigos/339908767/o-conceito-de-anomia-sob-a-otica-de-merton >

    • DOS MEUS RESUMOS

    DURKHEIM: faz parte da natureza humana desejar sempre mais, metas ilimitadas e insaciáveis, o que inviabiliza a completa satisfação na sociedade e a desproporção entre os desejos e os recursos necessários para satisfação. ANOMIA se refere à PERDA das referências coletivas, o que leva ao ENFRAQUECIMENTO da solidariedade social.

    MERTON: não faz parte da natureza humana desejar sempre mais, é a SOCIEDADE DE CONSUMO QUE IMPÕE METAS. Os indivíduos, diante da ausência de oportunidades, não conseguem atingi-las e recorrem ao crime. MODOS DE ADAPTAÇÃO, 5: conformidade, inovação, ritualismo, evasão/retraimento e rebelião, relacionados à forma com que os cidadãos reagem perante as metas culturais existentes, tendo em vista os recursos disponíveis:

    1)     Conformidade: aceitam as metas e os meios institucionalizados, há adesão TOTAL e não ocorre comportamento desviante;

    2)     Inovação: aceitam as metas culturais previamente estabelecidas, mas não se alinham com os meios institucionalizados disponíveis. Ao ver que nem todos os meios estão disponíveis, rompem com o sistema e buscam atingir as metas culturais pelo caminho fácil do comportamento desviado;

    3)     Ritualismo: fogem das metas culturais, pois acreditam que jamais atingirão, por serem elevadas demais para a sua capacidade diminuída, restando apenas fugir delas e viver no seu mundo ínfimo e sem maiores pretensões;

    4)     Evasão/retraimento: abrem mão das metas culturais e dos meios institucionalizados. São excluídos sociais, ex.: mendigos, hippies etc;

    5)     Rebelião: ocorre pelo inconformismo e revolta, rejeitam as metas e os meios estabelecidos socialmente (establishment), lutando pela criação de novos paradigmas/nova ordem social. 

  • A) Incorreta. Funcionalista da anomia foi desenvolvida por Émile Durkheim e Robert Merton.

    B) Incorreta. Teoria da associação diferencial foi desenvolvida por Edwin Sutherland.

    C) Incorreta. Teoria do etiquetamento social foi desenvolvida por Erving Goffman, Edwin Lemert e Howard Becker.

    D) Correta.

    E) Incorreta. Robert Merton desenvolveu a teoria funcionalista da anomia. Teoria criminológica cultural foi desenvolvida por Jeff Ferrell, Mike Presdee, Keith Hayward, Jock Young, Salo de Carvalho, Álvaro da Rocha.

  • MACHO, QUE LOMBRA É ESSA MESMO??? DEUS ME LIVRE!

  • Para Merton a anomia nada mais é que o desajuste entre metas culturais e meios institucionais.

    Meta Cultural – modelo de sucesso;

    Meios Institucionais – aquilo que se recebe para atingir o modelo de sucesso

  • Palavras-chave: Anomia. Criminologia. Émile Durkheim. Robert Merton. 

  • Teoria funcionalista da anomia foi desenvolvida por Robert Merton. Para esta teoria, a estrutura cultural estabelece as metas culturais (riqueza, sucesso, status social) e os meios institucionalizados considerados legítimos (estudo, trabalho etc) para alcança-los. Todavia, a estrutura social não propicia o acesso igualitário a tais meios, induzindo o manejo de meios ilegítimos que importarão na violação das regras sociais em vigor, de sorte a resultar o comportamento desviante.

  • Teoria da Anomia é uma das teorias do consenso.

    Sinônimo da teoria da anomia: teoria estrutural funcionalista.

    Durkheim dizia que o crime era um fenômeno normal e até mesmo positivo para a sociedade,, desde que não ultrapasse determinados limites. Para ele, o crime fere a consciência coletiva. A pena deve atuar, sobretudo, nas pessoas honestas, para "curar as feridas causadas nos sentimentos coletivos".Anomia para ele é a ausência ou desintegração das normas sociais de referência - Crise de valores.

    Para Merton: Principal autor da teoria da anomia. Ideias mas factíveis. conceitua a anomia como desajuste entre meios institucionais e objetivos culturais. Meios institucionais são aquilo que efetivamente temos disponível e objetivo ou metas culturais são as metas/sonhos de sucesso.

  • O conceito de anomia foi cunhado pelo sociólogo francês  e quer dizer: ausência ou desintegração das normas sociais. O conceito surgiu com o objetivo de descrever as patologias sociais da sociedade ocidental moderna, racionalista e individualista. O acelerado processo de urbanização, a falta de solidariedade, as novas formas de organização das relações sociais e a influência da economia na vida dos indivíduos após a  são objeto de estudo de Durkheim. O tema central das obras deste autor é a relação entre o indivíduo e a coletividade: o que diferencia uma coleção de indivíduos de uma sociedade? Como se constrói o consenso? O que das ações individuais é determinado pela coletividade? Tentar responder a estas perguntas é o objetivo de muitas de suas obras como “A divisão do trabalho social” e “O suicídio”. A divisão do trabalho, na forma que aparece nas sociedades complexas, promove a diferenciação entre os indivíduos e rompe o modelo de solidariedade mecânica das sociedades mais simples. Esta divisão é um fenômeno social e é explicada de acordo com a combinação entre o volume, a densidade moral e material da sociedade. Durkheim desenvolve esta argumentação para apresentar os aspectos positivos da divisão do trabalho, enquanto produtora de solidariedade social. Porém, existe outro resultado, que é considerado negativo pelo autor, o conjunto de regras sem unidade, de relações não regulamentadas, a desintegração social e a debilidade dos laços que prendem o indivíduo ao grupo, a anomia.

    A organização dos homens em uma mesma sociedade, regulada pelas mesmas leis é o

    que permite a mediação de conflitos individuais e sociais: “A única força capaz de servir de moderadora para o egoísmo individual é a do grupo; a única que pode servir de moderadora para o egoísmo dos grupos é a de

    outro grupo que os englobe” (DURKHEIM, 2010, P. 428). A anomia é definida pelo autor como a ausência dessa solidariedade, o desrespeito às regras comuns, às tradições e práticas.

    O conceito de anomia em Durkheim remete o estudioso, necessariamente, à ideia da consciência coletiva ou comum. Esta é o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade e que forma um sistema determinado que tem sua vida própria. É uma espécie de "tipo psíquico" da sociedade, tipo que tem suas propriedades, suas condições de existência, seu modo de desenvolvimento, tudo como os tipos individuais, embora de uma outra maneira.

    obs: A VUNESP conseguiu diferir direitinho os dois conceitos de anomia NA PROVA DA PC BA 2018, já a banca CESPE na prova de delegado da PF de 2018, misturou os dois conceitos de MERTON e DURKHEIM, oque na minha humilde opinião prejudica muito quem estuda e conhece as duas visões dos pensadores dessa teoria.

  • Gab D

    Sutheland = Associação diferencial

    Durkein e Merthon = Anomia

  • Teoria da associação diferencial: autor: Edwin Sutherland

  • A  questão faz referência a um trecho de um livro de Gabriel Anitua sobre a teoria funcionalista da anomia.

    d) CORRETA – O trecho do citado autor refere-se à perspectiva da teoria funcionalista da anomia, desenvolvida por Robert Merton.

    Conforme citado, para este pensador o “problema do desvio encontra-se (...) na estrutura social. A estrutura social não permite a todos os indivíduos que seu comportamento se oriente de acordo com as metas e meios culturalmente compartilhados”.

    Além disso: Em síntese, essa orientação central funcionalista se expressa pela prática de interpretar os dados mediante a determinação das suas consequências para as estruturas mais amplas das que precedem. Nesse sentido, Merton (1990, p. 14) adverte que as teoria se leis científicas são rigorosamente lógicas e “científicas”, de acordo com as regras demonstrativas de cada época, e não no momento histórico em que se chegou a conceber a teoria ou lei em questão. Com essa observação, ressalta-se a importância de se evitar anacronismos e do esforço a ser empregado pelos pesquisadores em adaptar os estudos teóricos ao seutempo.16Assim, em face dessa questão, ilustra-se que, nas sociedades industriais, os novos processos e equipamentos produtivos inevitavelmente afetaram de modo direto a rede de relações sociais, impactando desde a perspectiva econômica e influenciando em cadeia os segmentos sociais, transformando toda a dinâmica da sociedade.

    Fonte: Reta Final do Direito Simples e Objetivo

  • Anomia= ausência de Lei.

  • → Durkheim: a norma é fraca.

    → Dica: Disfunção social = Durkheim.

    → Merton: o sujeito não consegue bater as metas estipuladas pela sociedade, virando criminoso.

    → Dica: MEtas = MErton.

  • TEORIA DA ANOMIA (não norma) - teoria estrutural-funcionalista. 

    DURKHEIM - ausência ou desintegração das normas sociais – produz situação de transgressão ou de pouca coesão - o descompasso entre necessidades e meios gera crise (situações anômicas) 

    Crime é um fenômeno normal da estrutura social – anomia quando o crime abala o desenvolvimento da estrutura social – crime útil e necessário para a sociedade se desenvolva, com o reforço que traz à solidariedade das pessoas. 

    MERTON – adaptou a teoria de Durkheim para a sociedade norte-americana de 1930 (american dream) - estruturas sociais possuem, dentre seus elementos: os objetivos e os meios (fornecem uma base de previsibilidade e regularidade do comportamento das pessoas em sociedade. 

    Quando a previsibilidade das condutas é minimizada (elementos dissociados - espaçamento entre objetivos e os meios = anomia/ caos cultural). 

    Fonte: Aulas da Professora Mariana Barreiras.

  •  

    • Howard Becker e Erving Goffmann >> Teoria do labelling approach
    • Robert Merton e Emile Durkheim >> Teoria da anomia
    • Edwin Sutherland >> Teoria da associação diferencial (+crimes de colarinho branco)
    • John Rockefeller >> Escola criminológica de Chicago
    • Albert Cohen >> Teoria das subculturas delinquentes

    Fonte: Comentários do QC

    Gabarito: letra d

  • Gab: D

    • Robert Merton e Emile Durkheim ➜ Teoria da anomia

    (VUNESP) A teoria sociológica da criminalidade que teve, entre seus principais autores, Émile Durkheim e Robert Merton é conhecidamente denominada na criminologia como Anomia. (CERTO)

    • Howard Becker e Erving Goffmann ➜ Teoria do labelling approach (etiquetamento)

    (VUNESP) Uma das mais importantes teorias do conflito; surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1960, e seus principais expoentes foram Erving Goffman e Howard Becker. Trata-se da Teoria do labelling approach. (CERTO)

    • Edwin Sutherland ➜ Teoria da associação diferencial/ crimes de colarinho branco

    (VUNESP) É correto afirmar que Edwin H. Sutherland desenvolveu a teoria da associação diferencial (CERTO)

    • Albert Cohen ➜ Teoria das subculturas delinquentes

    (VUNESP) É considerada como teoria de consenso, criada pelo sociólogo Albert Cohen. Segundo Cohen, esta teoria se caracteriza por três fatores: não utilitarismo da ação; malícia da conduta e negativismo subcultura delinquente. (CERTO)

  • Merton - meta