A Revolta da Vacina foi uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e saldo de 31 mortos.
A insatisfação da população do Rio de Janeiro com a vacinação obrigatória foi muito grande, e um sinal disso foi a criação da Liga Contra a Vacinação Obrigatória. As motivações para a insatisfação são explicadas de diferentes formas pelos historiadores. Alguns levantam a questão da violência pela qual a reforma e a campanha sanitarista estavam sendo realizadas.
Outros levantam a questão da falta de informação da população, que temia os efeitos da vacina, sobretudo por uma série de boatos que se espalhavam. A situação ficou ruim quando vazou pela imprensa, em 9 de novembro de 1904, que uma série de restrições seriam estipuladas em lei para os cidadãos que não se vacinassem.
A população revoltou-se e foi para as ruas do Rio de Janeiro. O protesto iniciou-se em 10 de novembro,no Largo do São Francisco, e logo se espalhou por outras regiões da cidade. O momento mais tenso da revolta foi no dia 13 de novembro, quando houve confrontos muito violentos dos manifestantes com a polícia. Houve saques a prédios públicos, vandalismo pela cidade, e até troca de tiros entre polícia e manifestantes.
Durante a Revolta da Vacina, houve ainda mobilização de trabalhadores operários e, até mesmo, uma tentativa de golpe militar contra o presidente Rodrigues Alves, mas esse golpe fracassou. Rodrigues Alves foi aconselhado a fugir da cidade para proteger-se da multidão e dos golpistas, mas decidiu ficar no Rio de Janeiro.