“O tédio existe em função da vida sob a coação
do trabalho e sob a rigorosa divisão do trabalho. Não
teria de existir. Sempre que a conduta no tempo livre é
verdadeiramente autônoma, determinada pelas
próprias pessoas enquanto seres livres, é difícil que se
instale o tédio. Ocorre com ele algo semelhante ao que
se dá com a apatia política. A razão mais importante
para essa última é o sentimento, de nenhum modo
injustificado da população, de que, com a margem de
participação na politica que lhes é reservada pela
sociedade, pouco podem mudar em sua existência”.
ADORNO, Theodor. Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e
Terra, 2002. (adaptado)
Em relação à atuação politica da população, a
situação exposta por Adorno neste texto reflete um
sentimento de: