“Na origem, mythos não se opõe a logos. As
duas palavras significam ‘palavra’, ‘relato’, qual seja
seu conteúdo. É somente no curso do século V que,
entre certos autores, seus campos de aplicação vão
se dissociar, mythos passando a designar [...] o que
se opõe [...] aos domínios do demonstrado, do
verificado, do verossímil, do conveniente”.
Vernant, J.-P. Fronteiras do mito. In: Vernant, J.-P.;
Funari, P. P.; Hingley, R. Repensando o mundo antigo.
Trad. bras. Renata C. Beleboni e Renata S. Garraffoni.
Campinas, SP: IFCH/Unicamp, 2005.
Acerca das relações históricas, filológicas e
filosóficas entre mythos e lógos, é correto afirmar,
com base em Jean-Pierre Vernant, que