O esquema para planejar as intervenções de educação nutricional baseia-se em uma estrutura teórico-metodológica e consta de quatro fases:
i. Concepção
A primeira fase do processo de planejamento consiste no estudo e análise dos problemas alimentares e nutricionais da comunidade na qual se pretende atuar, identificando os fatores causais que serão considerados pela intervenção.
Neste Guia desenvolve-se o “método de análise causal”, que tem demonstrado sua utilidade para realizar o diagnóstico nutricional. Este método consiste em construir um esquema que identifique a rede de fatores que determina o estado nutricional em um contexto específico. É um modelo hipotético que ajuda a equipe responsável pela implementação do projeto a escolher melhor os objetivos da intervenção.
ii. Formulação
Para planejar uma estratégia, é necessário antes de tudo definir claramente os objetivos gerais (objetivos de desenvolvimento) e os objetivos específicos. O desenvolvimento de objetivos é tratado detalhadamente no documento “Manejo de projetos de alimentação em comunidades. Esta é uma etapa fundamental em todo projeto.
Estes objetivos devem ser definidos para cada grupo alvo; e inclusive, para segmentos específicos de população dentro de cada grupo alvo.
iii. Implementação
Nesta fase, os materiais de apoio, desenhados durante a fase de formulação, deverão ser produzidos em pequena ou grande escala, de acordo com a extensão e o alcance do projeto. A maior dificuldade nesta etapa consiste em assegurar um balanço ótimo entre qualidade e preço.
Esses meios serão de vital importância para o desenvolvimento do programa, qualquer que seja o enfoque do projeto, já que será sempre necessário e benéfico empregar materiais de apoio com os quais se poderá reforçar a comunicação interpessoal de forma muito mais efetiva.
iv. Avaliação
A avaliação é um instrumento indispensável para assegurar e reestruturar as atividades de comunicação. Avaliar significa efetuar uma análise crítica, objetiva e sistemática das realizações e resultados de um projeto ou de uma atividade, em relação aos objetivos propostos, às estratégias utilizadas e aos recursos alocados.
A avaliação deve ter um caráter participativo, isto é, será realizada com a participação ativa dos principais envolvidos na intervenção: os promotores da intervenção (reunidos pela Comissão de Planejamento), os comunicadores, os organismos patrocinadores e a própria população (pelos representantes da comunidade).
Fonte: http://www.fao.org/3/T0807P/T0807P02.htm