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ID
5453245
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao contrário da América portuguesa, que mantém a unidade territorial após a independência, a América espanhola divide- -se em várias nações, apesar de tentativas de promover a unidade, como a Grã-Colômbia, reunindo Venezuela e Colômbia, de 1821 a 1830, a República Unida da América Central e a Confederação Peru-Boliviana, entre 1835 e 1838. A fragmentação política da América hispânica pode ser explicada pelo próprio sistema colonial, uma vez que as diversas regiões do império espanhol eram isoladas entre si. Essa situação favorece também o surgimento de lideranças locais fortes, os caudilhos, dificultando a realização de um projeto de unidade colonial. Para os historiadores há muitas razões que levaram à fragmentação da América espanhola e à unidade da portuguesa formando, o Brasil. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. Uma das causas da fragmentação da América espanhola tem a ver com a distância geográfica entre as cidades das antigas colônias e a forma como as duas possessões eram administradas por suas respectivas metrópoles. Ainda que a colônia portuguesa tivesse dimensões continentais, a maior parte da população se concentrava em cidades costeiras, enquanto o interior permanecia praticamente inexplorado. Na época da Independência, as principais cidades brasileiras se concentravam no litoral. As distâncias entre as cidades eram, assim, menores do que na América espanhola.

II. No Brasil, a elite era muito mais homogênea ideologicamente do que a espanhola.

III. Em 1808, a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte levou o Príncipe Regente, João, a fugir para o Rio de Janeiro, transferindo não somente a Corte, mas toda a burocracia do governo: arquivos, biblioteca real, tesouro público e cerca de 15 mil pessoas. O Rio de Janeiro virou, então, a sede político-administrativa do Império. A presença do Rei em território brasileiro serviu como fonte de legitimidade para que a colônia se mantivesse unida.

IV. Na independência da América Portuguesa, as elites aprenderam que poderiam lidar muito bem com uma população irrequieta. Todas as províncias tomaram medidas que objetivavam terminar com a escravidão, possivelmente para diminuir o perigo da revolta escrava. Mestiços tinham o comando de forças militares e eram frequentemente recompensados com posse de terras tomadas dos monarquistas.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • medidas que objetivaram terminar com a escravidão? diminuir o perigo da revolta escrava? mestiços tinham o comando de forças militares? Erradissimo. D

  • GAB-D

    I, II e III, apenas.

    DEUS ABENÇOE TODOS QUE CURTIREM ESTE COMENTÁRIO.

  • Na América Espanhola, por outro lado, diz o historiador americano, "as elites (...) aprenderam que poderiam lidar muito bem com uma população irrequieta. Todos os países hispano-americanos tomaram medidas que objetivavam terminar com a escravidão, possivelmente para diminuir o perigo da revolta escrava. Mestiços (e alguns mulatos, como na Venezuela), tinham o comando de forças militares e eram frequentemente recompensados com posse de terras tomadas dos monarquistas", diz: Estatísticas sobre o comércio de escravos embasam tal hipótese.

  • ALTERNATIVA D

    I. Uma das causas da fragmentação da América espanhola tem a ver com a distância geográfica entre as cidades das antigas colônias e a forma como as duas possessões eram administradas por suas respectivas metrópoles. Ainda que a colônia portuguesa tivesse dimensões continentais, a maior parte da população se concentrava em cidades costeiras, enquanto o interior permanecia praticamente inexplorado. Na época da Independência, as principais cidades brasileiras se concentravam no litoral. As distâncias entre as cidades eram, assim, menores do que na América espanhola.

    R: Sim. Podemos ver até nos dias de hoje a qual os principais centros urbanos do Brasil se encontram no litoral ou próximo delas, enquanto o interior é geralmente mais despovoado e rural. Isso reflete a preferência dos portugueses em criar povoações nas zonas litorâneas (geralmente com o objetivo de controlar a produção açucareira). Nas colônias espanholas os primeiros povoamentos foram para controlar a extração de metais preciosos, portanto não tinham uma necessidade de construir apenas no litoral como no Brasil.

    II. No Brasil, a elite era muito mais homogênea ideologicamente do que a espanhola.

    R: Sim. A elite brasileira sempre se baseou geralmente nos estancieiros produtores de açúcar e café durante o Período Colonial. Era, portanto, muito mais homogênea que as elites das colônias espanholas, porém ainda sim existiram rixas entre as elites brasileiras.

    III. Em 1808, a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte levou o Príncipe Regente, João, a fugir para o Rio de Janeiro, transferindo não somente a Corte, mas toda a burocracia do governo: arquivos, biblioteca real, tesouro público e cerca de 15 mil pessoas. O Rio de Janeiro virou, então, a sede político-administrativa do Império. A presença do Rei em território brasileiro serviu como fonte de legitimidade para que a colônia se mantivesse unida.

    R: Sim. A vinda de D. João VI para o Brasil estabeleceu-o como um reino unido ao de Portugal e não mais uma colônia desta, com Rio de Janeiro sendo a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

    IV. Na independência da América Portuguesa, as elites aprenderam que poderiam lidar muito bem com uma população irrequieta. Todas as províncias tomaram medidas que objetivavam terminar com a escravidão, possivelmente para diminuir o perigo da revolta escrava. Mestiços tinham o comando de forças militares e eram frequentemente recompensados com posse de terras tomadas dos monarquistas.

    R: Não. É até cômico essa afirmação. O Brasil foi o último país da América do Sul a abolir a escravidão em seu território, enquanto as colônias espanholas geralmente aboliram a escravidão logo após terem conquistado suas independências da Espanha. A escravidão vai ser um passado amargo durante o início da história brasileira como uma nação independente.