Questão Q1818417

Paciente de 48 anos, feminino, obesa e diabética. Contraiu infecção pelo novo coronavírus e evoluiu com SRAG grave e insuficiência respiratória. Após 7 dias de ventilação mecânica, vem apresentando enfisema mediastinal isolado, se manifestando nas últimas 12 horas com enfisema subcutâneo em região cervical. Tomografia de tórax evidencia enfisema exclusivamente em região mediastinal, ausência de pneumotórax ou outras coleções mediastinais e sinais de acometimento do parênquima pulmonar bilateralmente por SARS-COV2. Apesar dos achados, a paciente vem evoluindo com diminuição dos parâmetros ventilatórios e melhora na relação PaO2 / FiO2. Não há relato de traumatismos esofageanos ou intercorrências durante o posicionamento da sonda entérica para início da nutrição enteral.

Diante do caso descrito, é correto afirmar que a sequência que apresenta o provável mecanismo etiológico do pneumomediastino e o tratamento adequado para o caso, respectivamente, está indicada em

Alternativas

efeito de Poiseuille em que maiores pressões nos ápices pulmonares resultam em pneumotórax apical e enfisema cervical / drenagem pleural bilateral.

efeito Hamman resultando em microlesões na árvore traqueobrônquica e escape aéreo progressivo para o mediastino / drenagem mediastinal anterior em selo d’água.

microperfurações esofageanas secundárias às manobras de recrutamento alveolar e às sucessivas pronações / videotoracoscopia à direita com abertura ampla da pleura mediastinal e drenagem pleural.

efeito Macklin secundário à uma maior fragilidade alveolar pela infecção pulmonar, resultando em ruptura alveolar pelo aumento súbito das pressões alveolares, dissecção pelo ar intersticial por entre os planos mediastinais e por fim, surgimento de um gradiente de pressão entre a periferia pulmonar e o mediastino / expectante por se tratar de quadro autolimitado e benigno.

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