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ID
5456674
Banca
VUNESP
Órgão
EsFCEx
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Adotou-se a convenção de dividir o movimento em fases distintas, abrangendo o “bandeirismo defensivo”, o apresamento, o movimento colonizador, as atividades mercenárias e a busca de metais e pedras preciosas. Contudo, apesar dos pretextos e resultados variados que marcaram a trajetória das expedições, a penetração dos sertões sempre girou em torno do mesmo motivo básico.

(John M. Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo)

Para Monteiro, esse “motivo básico” das expedições dos bandeirantes foi

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a própria referência citada na questão, a Obra Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, de de John M. Monteiro:

    "Buscando assegurar um lugar de destaque para seus ascendentes no panteão da história nacional, os estudiosos paulistas curiosamente têm menosprezado o contexto local nas suas interpretações sobre o sentido e a evolução do chamado bandeirantismo.

    Contudo, apesar dos pretextos e resultados variados que marcaram a trajetória das expedições, a penetração dos sertões sempre girou em torno do mesmo motivo básico: a necessidade crônica da mão-de-obra indígena para tocar os empreendimentos agrícolas dos paulistas.

    O que mudou ao longo do século foram as condições de apresamento, determinadas pelas variáveis da orientação geográfica, das distâncias percorridas, dos custos operacionais e das formas divergentes de reação dos indígenas abordados."

    Gabarito: alternativa d) o imperativo crônico da mão de obra indígena para os empreendimentos agrícolas dos paulistas.

  • A apresentação do livro NEGROS DA TERRA de John Manuel Monteiro, de onde foi retirado o trecho colocado na questão diz :

    “Colocando no centro do palco as populações indígenas e o contato diferenciado que mantinham com colonos e jesuítas, o historiador John Monteiro reinterpreta criticamente a formação da sociedade paulista entre os séculos XVI e XVIII.Com uma economia voltada prioritariamente para a arregimentação de mão-de-obra nativa e oscilando entre a abundância e a escassez de índios - os "negros da terra" -, os paulistas tiveram constantemente de redimensionar as suas atividades". 

    Nesta apresentação é respondida, em certa medida, o que é entendido pelo autor como “motivo básico" para as expedições bandeirantes saídas a partir de São Paulo em direção ao interior do território. A bibliografia para o estudo do tema deve ser aquela que apresenta uma análise menos tradicional do tema Entradas e Bandeiras no Brasil Colonial, que mostre seu papel na obtenção de mão de obra nativa para escravização nas regiões coloniais mais pobres , nas quais não havia condições de compra de africanos – sempre caros - para o trabalho escravo. Valem os manuais de História do Brasil como o História Concisa do Brasil, de Bóris Fausto.

    Entre as opções apresentadas uma indica este “motivo básico".

    A) INCORRETA- As Entradas até poderiam dificultar a formação de núcleos coloniais hispânicos, mas o conceito de “potentados" não se aplica, tanto no que  se refere à sua construção tampouco à sua destruição. 

    B) INCORRETA- A ampliação da ocupação do território colonial foi um dos efeitos do movimento bandeirante e não seu objetivo primordial. 

    C ) INCORRETA- Não havia acordos entre Bandeirantes e religiosos. Muito pelo contrário. A ação dos religiosos protegia os nativos do apresamento e escravização por bandeirantes 

    D) CORRETA- Um dos objetivos mais importantes das bandeiras era o apresamento de nativos para o trabalho escravo em São Paulo e nas cercanias. 

    E) INCORRETA- A área de concentração das entradas e bandeiras era o centro sul e não o norte que foi desbravado, acima de tudo, pelas reduções construídas por ordens religiosas. 

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Vamos ao "motivo básico", com a expulsão dos Holandeses do Brasil, essa potência foi produzir seu próprio açucar nas Antilhas, lembra?

    - Ah, mas o a colônia também faz isso, e daí?

    Idaí que os Holandeses, além de plantar, produzir o açúcar, ainda o refinava (coisa que a colônia não fazia) e cuidava do próprio transporte, com isso, tomando para si todos os processos de produção, eram os maiores fornecedores do Ouro Branco para o mundo.

    Com isso, a economia açucareira do "Brasil" não caiu, ela DESPENCOU!!!!

    Desesperados e vendo todos os seus vizinhos encontrando pedras preciosas em seus territórios, Portugal cada vez mais começou a investir junto aos paulistas nas entradas para que fosse encontrada montanhas e mais montanhas de ouro para poder voltar ao pódio de potência Europeia.

    Com isso temos as famosas entradas, só que enquanto "não temos outro", para os paulistas, suas andanças pelos sertões eram pelo que o Padre Vieira chamou de "ouro vermelho", termo cunhado para se referir ao sangue dos nativos tomados pelos colonos.

    LETRA D