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ID
5456680
Banca
VUNESP
Órgão
EsFCEx
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As constantes reclamações, não só aquelas publicadas em periódicos da Corte, mas também as diversas cartas e petições enviadas para a Secretaria de Polícia da Província, informavam que os habitantes destes mocambos praticavam frequentes roubos na região, principalmente pirateando barcos, carregados de produtos, que navegavam os rios. Segundo as denúncias, os quilombolas usavam canoas – que mantinham escondidas nos manguezais dos inúmeros riachos afluentes do Iguaçu e Sarapuí — em seus assaltos e, “para evitarem os insultos dos salteadores – [quilombolas], alguns mestres daquelas lanchas têm pactuado com eles, pagando-lhes tributo de carne, farinha, etc.”. As dificuldades alegadas pelas autoridades para destruir os mocambos eram, entre outras, sua localização em regiões pantanosas de difícil acesso e a “conivência” com os quilombolas de comerciantes, taberneiros, cativos das plantações vizinhas, escravos remadores e lavradores.

(Flávio dos Santos Gomes, Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: Flávio dos Santos Gomes e João José Reis (orgs.), Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)

A partir do excerto, é correto afirmar que, em geral, as comunidades de escravos fugidos

Alternativas
Comentários
  • Os quilombos surgiram de forma geral em locais de difícil acesso como suas fortificações, estratégias de guerrilhas, mas ao mesmo tempo, mesmo que paradoxalmente, haviam relações de trocas e comércios com a localidades próximas.

    Um trecho interessante apresentado no comando da questão, é acerca dos frequentes saques realizados pelas comunidades quilombolas. Bom, sobre isso podemos afirmar categoricamente que sim, essa também era uma das formas de sobrevivência e de se manter o quilombo, mas também era uma das formas de resistência contra a opressão dos colonos, tantos dos grandes senhores de engenhos, quanto os pequenos e médios comerciantes e a população em geral.

    Mas não se pode generalizar, havia sim uma coexistência pacífica entre distintos grupos sociais, dentro e fora dos quilombos.

    Levando em conta todo o exposto, podemos categoricamente atribuir a resposta como a LETRA B.

    (Caso esteja errado, me informem por privado.)