- ID
- 5464870
- Banca
- FAUEL
- Órgão
- Prefeitura de Maringá - PR
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Psicologia
- Assuntos
Há vários critérios de normalidade e
anormalidade em medicina e psicopatologia. A
adoção de um ou outro depende, entre outras
coisas, de opções filosóficas, ideológicas e
pragmáticas do profissional (Canguilhem, 1978).
Considere as afirmativas abaixo e assinale
VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) a respeito
do que é considerado os principais critérios de
normalidade utilizados em psicopatologia:
I. Normalidade como ausência de doença:
Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria,
então, aquele indivíduo que simplesmente não
é portador de um transtorno mental definido. Tal
critério é bastante falho e precário, pois, além
de redundante, baseia-se em uma “definição
negativa”, ou seja, define-se a normalidade não
por aquilo que ela supostamente é, mas, sim, por
aquilo que ela não é, pelo que lhe falta.
II. Normalidade ideal: A normalidade aqui é
tomada como uma certa “utopia”. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é
supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Tal norma
é, de fato, socialmente constituída e referendada.
Depende, portanto, de critérios socioculturais e
ideológicos arbitrários, e, às vezes, dogmáticos
e doutrinários.
III. Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior
ênfase à percepção subjetiva do próprio
indivíduo em relação a seu estado de saúde, às
suas vivências subjetivas. O ponto falho desse
critério é que muitas pessoas que se sentem
bem, “muito saudáveis e felizes”, como no caso
de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de
fato, um transtorno mental grave.