Cinco estágios classificam bem este tipo de acometimento patológico:
Estágio 1: celulite pré-septal, é a infecção confinada às pálpebras e ao tecido mole periocular, anterior ao septo orbital. A órbita pode mostrar-se inflamada secundariamente, mas não é diretamente infectada.
Estágio 2: celulite orbital com proptose em que são encontradas limitações nos movimentos e possível comprometimento do nervo óptico. Estágio 3 abscesso subperióstico.
Estágio 4: celulite orbital com um verdadeiro abscesso orbital dentro da gordura orbital
Estágio 5: disseminação retro-orbital para dentro do seio cavernoso.
O exame físico demonstra proptose junto a edema periorbitário, que é também eritematoso, restrição da motricidade e dor à tentativa de movimento ocular. Comumente, há leucocitose e febre. Com o aumento da pressão na cavidade orbitária, a função do nervo óptico pode deteriorarse rapidamente, causando déficit visual. Além da anamnese e do exame físico, exames de imagem se fazem fundamentais para uma ideal localização e delimitação loco-regional do processo infeccioso, permitindo não só a classificação como o estadiamento da evolução do quadro clínico. Assim, tanto a tomografia computadorizada e/ou a ressonância nuclear magnética (RNM) devem ser utilizadas para uma acurada avaliação.
Havendo a hipótese de celulite orbitária de origem bacteriana, tratamento imediato com antibioticoterapia endovenosa deve ser instituído, a fim de se evitar a progressão da infecção e complicações neurológicas, potencialmente letais. Em geral, utilizam-se antibióticos de largo espectro.
A) Celulite orbital pré septal com proptose ocular. ESTÁGIO 1
B) Celulite orbital com proptose ocular e envolvimento no nervo óptico. ESTAGIO 2
C) Disseminação retrorbital para dentro do seio cavernoso ou encéfalo. ESTAGIO 5
D) Celulite orbital com distopia ocular e envolvimento do nervo óptico. ESTAGIO 3
E) Disseminação retrorbital com envolvimento do nervo óptico e da artéria central da retina. ESTAGIO 4