SóProvas


ID
5538442
Banca
FGV
Órgão
IMBEL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Em 01/01/X0, uma entidade adquiriu um computador para utilizar em seus negócios por R$ 8.000. Na data, a entidade esperava utilizar o computador durante quatro anos, e não considerava valor residual.


Em 30/06/X1, a entidade decidiu colocar o computador à venda, contabilizando-o em seu balanço patrimonial como Ativo não Circulante mantido para venda. Na data, o valor justo líquido de despesas de venda era de R$ 6.000.


Em 31/12/X1, a empresa ainda não conseguiu vender o ativo, e o valor justo líquido de despesas de venda era estimado em R$ 3.000.


Assinale a opção que indica o valor do computador contabilizado no Balanço Patrimonial da entidade, em 31/12/X1.

Alternativas
Comentários
  • Trata-se da mensuração de ativo não circulante mantido para venda.

    ➤ Dados iniciais:

    - Em 01/01/X0, uma entidade adquiriu um computador para utilizar em seus negócios por R$ 8.000.

    - Vida útil: 4 anos (48 meses);

    - Valor residual: R$ 0,00;

    - Depreciado pelo método de linha reta;

    → Desenvolvendo a questão:

    ⤷ Calculando a depreciação e o valo contábil líquido (01/01/X0 - 01/06/X1): 18 meses

    Depreciação=(18 meses/48 meses)*R$ 8.000=R$ 3.000

    Valo contábil líquido=R$ 8.000 - R$ 3.000=R$ 5.000

    Mensuração (01/06/X1):

    Segundo o item 15 do CPC 31, "A entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado como mantido para venda pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda". 

    - Em 30/06/X1, a entidade decidiu colocar o computador à venda, contabilizando-o em seu balanço patrimonial como Ativo não Circulante mantido para venda. Na data, o valor justo líquido de despesas de venda era de R$ 6.000.

    Em 30/06/X1, o computador deve ser contabilizado no balanço patrimonial como Ativo não Circulante mantido para Venda pelo menor entre o seu valor contábil (R$ 5.000) e o valor justo menos as despesas de venda (R$ 6.000), logo, R$ 5.000.

    Reclassificação (31/12/X1):

    Conforme o CPC 31, "Se houver desistência do plano de venda, ou as condições para ser mantido como mantido para venda não mais existirem, a entidade deve deixar de classificar o ativo como mantido para venda e deve mensurar o ativo pelo menor valor entre o que estaria caso não houvesse saído desse grupo ou seu valor de recuperação à data da decisão posterior de não vender". 

    - Em 31/12/X1, a empresa ainda não conseguiu vender o ativo, e o valor justo líquido de despesas de venda era estimado em R$ 3.000.

    No caso em tela, como a empresa não conseguiu vender o ativo, então deve ser reclassificado para imobilizado em 31/12/X1. Assim, deve ser depreciado desde o início (inclusive nos anos da classificação em "ativo não circulante mantido para venda").

    Diante do exposto, em 31/12/X1, o computador deve ser reclassificado e reavaliado, no balanço patrimonial, como Ativo não Circulante (Imobilizado) pelo menor entre o seu valor contábil líquido* de R$ 4.000 (R$ 8.000 - R$ 4.000) e o valor justo menos as despesas de venda de R$ 3.000, logo, R$ 3.000.

    Por fim, o valor do computador contabilizado no Balanço Patrimonial da entidade, em 31/12/X1, é de R$ 3.000.

    *Representa o valor contábil ajustada pela depreciação acumulada de 01/01/X0 a 31/12/X1, conforme os dados iniciais.

    Gabarito: Letra A.

  • Gabarito: Letra A.

    Adicionando ao excelente comentário do colega Alan, é importante ressaltar que, embora o ativo tenha sido classificado no "Ativo Não Circulante Mantido Para Venda", ele pertence ao grupo do "Ativo Circulante". Porque é importante a atenção nesses detalhes? A própria banca já explorou e foi além. Senão vejamos.

    (Q846151/FGV/2017)

    1. Uma sociedade empresária possuía um carro, que era utilizado por seu presidente. O valor contábil do carro, em 31/12/2014, era de R$ 80.000.
    2. Em 2015, a empresa precisou cortar custos e os administradores decidiram colocar o carro à venda, por R$ 90.000.
    3. Em 2016, os preços dos carros diminuíram, frente à diminuição do poder aquisitivo da população, mas os administradores da sociedade empresária optaram por não reduzir o valor de venda proposto inicialmente.

    No balanço patrimonial da empresa, em 31/12/2016, a correta classificação do carro será no ativo imobilizado. (C)

    __

    Resolução: em um primeiro momento o carro era classificado no Ativo Imobilizado. Porém, decidiu vender. Nesse momento, ele é classificado como "Ativo não circulante mantido para venda", que pertence ao grupo do ativo circulante. Depois, a questão vai além. Mesmo o poder aquisitivo da população tendo diminuído, os administradores meio que disseram "Quero mais é que se lasque. Vou diminuir o preço não". Aqui que vem o pulo do gato. Já que a galera não quer baixar o preço, primeiramente o CPC 31 diz o seguinte:

    A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo.

    "Tirando a gordura" do CPC, ele diz o seguinte, caso a empresa proceda a classificação e opte pela sua venda:

    • O ativo deve estar disponível para e venda imediata
    • Sua venda deve ser altamente provável

    Pergunta: é altamente provável que esse veículo seja vendido? Não. Sendo assim, permanece classificado no Imobilizado.

    __

    Teci esse comentário porque achei interessante as duas formas da banca explorar o assunto.

    __

    Equívocos, reportem.

    Bons estudos.

  • Em 01/01/X0 Valor do Computador 8.000. Duração de 4 anos. Sem valor residual

    Em 30/06/X1, a entidade decidiu colocar o computador à venda, contabilizando-o em seu balanço patrimonial como Ativo não Circulante mantido para venda. Na data, o valor justo líquido de despesas de venda era de R$ 6.000.

    8.000/4= 2000 por ano

    tempo de uso até 30/06/X0 = 18 meses= 1ano e 6meses = 3.000 reais de depreciação

    Valor Contábil 8.000 - 3.000= 5.000

    A empresa decidi não mais usar o bem e decidi vendê-lo. Sendo o valor justo líquido de despesas de venda era de R$ 6.000.

    Vamos analisar o que diz o CPC 31: "A entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado como mantido para venda pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda". 

    Valor contábil= 5.000 Valor justo menos as despesas de venda= 6.000

    Ou seja em 30/06/X1 o Valor da venda está avaliada em 5.000 reais.

    Em 31/12/X1, a empresa ainda não conseguiu vender o ativo, e o valor justo líquido de despesas de venda era estimado em R$ 3.000.

    Resumindo: a empresa decidiu baixar ainda mais o preço do bem na tentativa de vendê-lo.

    Temos que encontrar o Valor contábil do bem em Em 31/12/X1

    Agora já se passaram 24 meses= 2anos= 4.000 reais de depreciação

    Valor contábil= 8.000 - 4.000= 4.000

    Aplicando novamente o CPC 31:

    Valor contábil= 4.000 Novo valor justo menos as despesas de venda= 3.000

    Ou seja, em 31/12/X1 o valor da venda será de 3.000

  • O examinado quer saber qual valor aplicar na data do balanço para produtos que estão à venda, o valor contábil ou o valor justo menos despesas de venda, no caso seria o último.

    CPC 31: "A entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado como mantido para venda pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda".