Conforme Ortega (2004, p. 3):
Gabriel Naudé, em sua obra "Advis pour adresser une bibliothèque", cuja primeira edição é de 1927, escreveu os primeiros princípios da Biblioteconomia moderna.
[...]. A partir desta data, catálogos de autor e assunto passaram a ser empregados e as bibliografias foram se aperfeiçoando. Alguns fatos explicam estes avanços: em 1841, no Reino Unido, foram publicadas as "91 regras" de catalogação elaboradas por Anthony Panizzi, que estabeleceram as bases da catalogação durante várias gerações; em 1850, nos Estados Unidos, Charles Jewett, da Smithsonian Institution, propôs a criação de um centro nacional de bibliografia e documentação a partir de um catálogo coletivo do acervo das bibliotecas públicas do país, por meio de um modelo padronizado de fichas a serem reproduzidas com uso da estereotipia, enfatizando a importância do aprimoramento das técnicas de organização bibliográfica dos documentos das bibliotecas para sua melhor utilização; em 1876, Melvil Dewey publicou nos Estados Unidos a primeira edição de sua Classificação Decimal, primeiro sistema do gênero a ser amplamente adotado, inclusive até os dias de hoje; no mesmo ano e país, Charles Ami Cutter publicou as Regras para um Catálogo Dicionário que, além do código de catalogação incluía uma declaração sobre os objetivos do catálogo; em 1899, as Instruções Prussianas, surgidas de estudos de catalogação de décadas anteriores, foram adotadas na Alemanha, alcançando grande aceitação na Europa; e em 1901, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos liderou a organização bibliográfica em bibliotecas com o sistema de distribuição de fichas catalográficas impressas e padronizadas (Shera e Egan, 1961), (Fayet-Scribe e Canet, 2000).
Gab. A
ORTEGA, C. D. Relações históricas entre biblioteconomia, documentação e ciência da informação. DataGramaZero, v. 5, n. 5, 2004. Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/v/5664
A questão apresentada aborda a história da Biblioteconomia.
Os processos de catalogação podem ser considerados dos mais antigos das práticas bibliotecárias, remontando do terceiro milênio A.C. Ao longo dos séculos, o processo de catalogação e a produção de códigos passou por grandes evoluções, principalmente devido a modernização das bibliotecas e sua abertura a sociedade.
As “91 Regras" de Antonio Panizzi (Letra A) são consideradas o primeiro código de catalogação da era moderna, criado para a aplicação no Museu Britânico e publicadas em 1839.
Os outros nomes citados nas alternativas são conhecidos por:
Gabriel Naudé - responsável pelos primeiros principios da Biblioteconomia moderna na década de 1920.
Louise Malclès - célebre bibliotecário francês do século XVII.
Lydia Sambaquy – célebre bibliotecária brasileira fundadora do IBBD, atual IBICT.
Paul Otlet – Criador da CDU e autor do Traité de documentation
Gabarito do Professor: Letra A .