SóProvas


ID
5559688
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

    Estudo aponta que a extinção de preguiças-gigantes, cuja base da dieta eram frutos e sementes, provocou impactos consideráveis na vegetação do Pantanal brasileiro. A flora, embora não tenha desaparecido, tornou-se menos abundante que no passado, além de ocupar áreas mais restritas.

BICUDO, F. Jardineiros da pesada. Ecologia. Pesquisa Fapesp, ed. 231, maio 2015 (adaptado).


O evento descrito com a flora ocorreu em razão da redução

Alternativas
Comentários
  • Na questão, um estudo é abordado sobre as preguiças-gigantes e sua alimentação de frutos e sementes (herbívoros), que, com sua extinção, reduziu a flora em abundância e área geográfica. Pergunta-se qual alternativa indica a razão da redução dessa flora. Uma cadeia alimentar no ecossistema é composta por diversos níveis tróficos e se organiza em uma sequência possível da energia em determinado ambiente. Uma teia ou rede alimentar é um cruzamento de cadeias alimentares que ocorre no meio ambiente, onde os organismos podem ocupar mais de um nível trófico diferente. Os organismos ocupam níveis tróficos que podem ser classificados como: produtores (1º nível trófico) com seres autótrofos fotossintetizantes, como plantas e algas (vegetais); consumidores primários (2º nível trófico) com animais herbívoros que se alimentam dos produtores, como as preguiças-gigantes citadas na questão; consumidores secundários (3º nível trófico) com animais carnívoros ou onívoros que se alimentam dos consumidores primários; consumidores terciários (4º nível trófico) com animais que se alimentam dos consumidores secundários. Quando um indivíduo se alimenta de determinada dieta e ele é extinto, ocorre uma alteração no ecossistema. As preguiças-gigantes se alimentavam de frutos e sementes, então como houve redução na flora após sua extinção, a dispersão de sementes deixou de ocorrer pela ausência desses consumidores primários, que movimentavam as sementes  em seu organismo (fezes), sua boca ou agarradas em seu corpo para locais distantes de onde haviam sido coletadas, e isso aumentava a área geográfica e abundância da flora. Na ausência das preguiças, a dispersão de sementes é interrompida. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2011; Amabis & Martho. Fundamentos da Biologia Moderna. 1ª ed. São Paulo, SP. Ed. Moderna, 1991)

     

    O evento descrito com a flora ocorreu em razão da redução


    A) da produção de flores. Incorreta. As flores permanecem em sua produção normal com a ausência das preguiças, a distribuição de suas sementes que é afetada, pois não há mais o transporte que ocorria em razão da alimentação e digestão (expelindo por fezes) de frutos e sementes por esses animais.

    B) do tamanho das plantas. Incorreta. A extinção das preguiças-gigantes não influenciou no tamanho das plantas, pois seu desenvolvimento não é afetado pelos consumidores primários, e sim a distribuição de suas sementes.

    C) de fatores de disseminação das sementes. CORRETA. A ausência das preguiças-gigantes afetou diretamente a disseminação e movimentação das sementes, reduzindo a área geográfica da flora e sua abundância pela ausência dos agentes dispersores, que no caso citado na questão, eram as preguiças (dispersão por animais).


    D) da quantidade de sementes por fruto. Incorreta. O processo de desenvolvimento das plantas não foi afetado pela extinção das preguiças-gigantes, portanto a quantidade de sementes produzida era a mesma quando as preguiças ainda não haviam sido extintas.

    E) dos hábitats disponíveis para as plantas. Incorreta. A ausência das preguiças-gigantes não interfere nos habitats disponíveis, elas interferem na dispersão das sementes que deixou de ocorrer, levando assim a uma área geográfica menor.


    Gabarito do Professor: Letra C.