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ID
5610277
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AL-CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil

Nos processos de tratamento necessários para que os diferentes tipos de águas naturais satisfaçam aos padrões de potabilidades, águas naturais do 

Alternativas
Comentários
  • Boa questão.

    Pois é preciso interpretar a NBR 12.216 e não apenas decorar.

    O item 5.3.3 fala dos tratamentos mínimos.

    Portanto, na alternativa "A" e "B", não podemos afirmar que esse tipo de água precisará ou não de coagulação.

    Pois depende das características de cada fonte.

    Por outro lado, é possível afirmar que, no mínimo, sempre haverá tratamento de coagulação no tipo "C" e "D".

    _

    5.3.3 O tratamento mínimo necessário a cada tipo de água é o seguinte:

    Tipo A - Desinfecção e correção do pH;

    Tipo B - Desinfecção e correção do pH;

    • E, além disso:

    • a) Decantação simples, para águas contendo sólidos sedimentáveis, quando, por meio desse processo, suas características se enquadrem nos padrões de potabilidade;

    • b) Filtração, precedida ou não de decantação, para águas de turbidez natural, medida na entrada do filtro, sempre inferior a 40 Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT) e cor sempre inferior a 20 unidades, referidas aos Padrões de Platina;

    Tipo C - Coagulação, seguida ou não de decantação, filtração em filtros rápidos, desinfecção e correção do pH;

    Tipo D - Coagulação, seguida ou não de decantação, filtração em filtros rápidos, desinfecção e correção do pH;

    • E, além disso:

    • E tratamento complementar apropriado a cada caso.
  • Para responder essa pergunta, devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre os processos de tratamento de água e os tipos de águas naturais para abastecimento público, definidos pela NBR 12.216 (ABNT, 1992).

     

    A classificação das águas naturais, de acordo com os tipos A, B, C e D, é realizada na NBR 12.216 (ABNT, 1992) e está relacionada aos limites dos parâmetros DBO, coliformes, pH, cloretos e fluoretos e aos padrões de potabilidade (Portaria GM/MS nº 888; BRASIL, 2021). Os valores desses parâmetros fornecem um indicativo da qualidade da água do manancial, auxiliando na escolha do processo de tratamento para o projeto de uma Estação de Tratamento de Água (ETA). Com base nos itens 5.3.2 e 5.3.3 desta norma, podemos concluir sobre o tratamento mínimo para cada tipo de água:

     

    - Tipo A – águas com qualidade que já satisfaz a maioria dos padrões de potabilidade e, portanto, o tratamento mínimo é desinfecção e correção de pH.

     

    - Tipo B – águas que podem se enquadrar aos padrões de potabilidade, após um processo de tratamento que não exija coagulação. Para essas águas, o tratamento mínimo é desinfecção e correção de pH, além de:

                - Decantação simples, dependendo das concentrações de sólidos sedimentáveis;

                - Filtração, precedida ou não de decantação, para águas com turbidez inferior a 40 UNT e cor inferior a 20 unidades na entrada do filtro (padrões de platina);

     

    - Tipo C – águas superficiais que exijam coagulação para enquadrar-se aos padrões de potabilidade. Para essas águas, o tratamento mínimo é coagulação, seguida ou não de decantação, filtração em filtros rápidos, desinfecção e correção do pH;

     

    - Tipo D – águas superficiais que exijam processos especiais de tratamento para enquadrar-se aos padrões de potabilidade. Para essas águas, o tratamento mínimo é o do tipo C e tratamento complementar apropriado a cada caso.

     

    Portanto, as águas dos tipos C e D exigem coagulação; as águas do tipo A não precisam de tratamento além da simples desinfecção; e as águas do tipo B necessitam de tratamento sem coagulação. Assim, está correta a alternativa B.

     

    Gabarito do professor: letra B.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 12216: Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.