Ricardo se opôs a tarifas e outras restrições ao comércio internacional. Ricardo criou uma ideia que é bem conhecida como a Teoria da Vantagem Comparativa (Henderson 827, Fesfeld 325). De acordo com o Conselho de Comércio Internacional de Washington, a vantagem comparativa é a capacidade de produzir um bem a um custo menor, em relação a outros bens, em comparação com outro país. Nos Princípios da Economia, Ricardo afirma que a vantagem comparativa é uma técnica de especialização usada para criar uma produção mais eficiente (52) e descreve o custo de oportunidade entre os produtores (53). Com Concorrência Perfeita e mercados não distorcidos, os países tendem a exportar mercadorias para as quais têm uma vantagem comparativa.
Por exemplo, devemos pensar em dois países que fazem cartões e lápis e usam a mesma quantidade de tempo para fazer uma unidade de itens (consulte a tabela). O país 1 pode fazer 4 lápis se for especializado apenas em lápis às custas de um cartão, mas esse país também pode fazer ¼ de um cartão às custas de um lápis. A mesma lógica vale para o país dois: se o país dois fizer apenas lápis, ele fará 2 lápis à custa de 1 cartão.
Se o país dois for especializado apenas em cartões, ele fará ½ de um cartão às custas de um lápis. Neste exemplo, o país um tem uma vantagem comparativa em lápis sobre o país dois (4 a 2 lápis), enquanto o país dois tem uma vantagem comparativa em cartões em relação ao país um (½ de um cartão a ¼ de um cartão). Na ideia de vantagem comparativa de Ricardo, esses dois países deveriam se especializar no que fazem de melhor. Segundo a The Fortune Encyclopedia of Economics, a ideia de vantagem comparativa de Ricardo é "a principal base para a crença da maioria dos economistas no livre comércio hoje" (827).
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_ricardiano