Decupagem – do francês découpage, derivado do verbo découper, recortar – é no audiovisual, no cinema e na comunicação, a divisão do planejamento de uma filmagem em planos e cortes.
O termo passou a ser empregado no meio do cinema por volta de 1910, com o início das produções padronizadas. A decupagem era a última parte do planejamento do filme, funcionando como um roteiro técnico, indicando no papel posições de câmera, posicionamento de atores, de objetos em cena, movimentações de câmera, parte do cenário a ser enquadrada na cena, entre outros detalhes.
Mais tarde, na década de 1940, a decupagem passa a ser utilizada também pela crítica, designando a estrutura do filme através da montagem das cenas, detalhadas pelo telespectador.
Em 1969, Noël Burch descreve em seu livro “Práxis do Cinema”, sob os conceitos da corrente neoformalista, a noção de decupagem. Ao considerar o filme uma série de fatias de imagem unidas a uma série de fatias de tempo, Burch redimensiona a noção de decupagem incluindo detalhadamente a indicação dos planos de cada cena do filme analisado e os cortes. A decupagem, sob o olhar do autor, tem relevância desde a planificação, durante a filmagem e até na montagem da obra cinematográfica.
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Decupagem - Processo de elaboração e análise técnica do roteiro de um filme ou programa de TV. Consiste na indicação de todos os detalhes necessários à filmagem ou à gravação de cenas (planos, ângulos, ordem e duração das tomadas, cenário, efeitos, diálogos, movimentos de câmera, lentes, música e ruídos). O roteiro decupado serve de guia para a equipe técnica durante toda a realização.
Dicionário Essencial de Comunicação (Barbosa & Rabaça), p. 68