- Nível pré-silábico
Neste nível, a criança busca uma diferenciação entre as escritas, sem preocupação com suas propriedades sonoras. Usa critérios quantitativos (varia a quantidade de "letras" de uma escrita para outra para obter escritas diferentes) e usa critérios qualitativos (varia o repertório das letras ou a posição das mesmas sem alterar a quantidade).
- Nível silábico
À medida que a criança vai se desenvolvendo e tendo maior contato com a palavra escrita, através da observação de como o adulto lê e escreve, ela entra em conflito com a hipótese anterior (relação do tamanho da palavra com o objeto), conseguindo perceber que a palavra escrita está relacionada com os aspectos sonoros da fala. Começa a separar oralmente as palavras e procura uma correspondência na grafia. A cada sílaba ela atribui uma letra. Pode servir qualquer letra ou existir uma associação do som à letra convencional.
A escrita silábica é uma grande conquista da criança e não é transmitida pelo adulto. Nasce da busca de explicações sobre o sistema de representação. A hipótese anterior não explica mais a realidade, então a criança busca novas maneiras de explicá-las: a escrita representa o desenho sonoro do objeto.
- Nível alfabético
Neste nível a criança estabelece correspondência entre fonema e grafema. Ela compreende que a sílaba pode ter uma, duas ou três letras. A princípio, tem dificuldade na separação das palavras quando escreve um texto. A partir desses pressupostos temos a alfabetização como um processo vivo e dinâmico de participação e criação da própria criança.
Ela parte da experiência significativa que se transformará em expressão pessoal. A criança aprenderá a ler e a escrever de maneira natural e criativa. Então, o ato de escrever se transforma numa aventura que vale a pena ser vivida.
Letra B