As grandes concentrações de arquivos, segundo Silva (1999, p.79), provocaram o primeiro abalo no sistema tradicional. Para o autor, a fusão de distintos acervos num mesmo depósito atinge proporções inusitadas, inclusive em entidades não governamentais.
"Os depósitos de documentos aumentaram consideravelmente a partir do século XVI (em número, em extensão e em diversidade de acervos), mas o caráter prático da profissão manteve-se inalterável e o conceito de serviço foi sempre relativamente fechado. Só mais tarde com a ruptura do sistema político e burocrático e com o advento de novas preocupações sociais é que, efetivamente, surgirá a teorização arquivística. A partir de então estarão criadas as condições para que surja uma disciplina autônoma (...). Mas o caminho será penoso e cheio de contradições, até que se possa falar verdadeiramente de uma renovação" (SILVA, 1999, p. 81).