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ID
605242
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Ao realizar exame radiográfico para planejamento de reabilitação oral na região de molares inferiores do lado esquerdo, paciente com 32 anos de idade, sexo masculino, relatou ausência de desconfortos ou dor. Os achados radiográficos mostram, nessa região, formações radiopacas homogêneas arredondadas circundadas por uma linha periférica radiolúcida. As margens são nítidas e a hiperostose periférica à área radiolúcida apresenta o aspecto de um colar de trabéculas densas. Este quadro clínico é compatível com o diagnóstico de

Alternativas
Comentários
  • Neville et al., 1998 (pg. 457)
    Fibroma ossificante (Fibroma cimentificante, fibroma cemento-ossificante) é um neoplasma osteogênico bem-delimitado ocasionalmente encapsulado, composto de tecido fibroso com quantidades variáveis de tecido calcificado.
    Ocorrem em várias idades sendo a maioria entre a 3 e 4 década de vida. Predileção feminina (5:1) com a mandíbula mais envolvida (90% dos casos), principalmente em áreas de pré-molares e molares.
    Lesões raramente sintomáticas, detectadas radiograficamente sendo as maires causadoras de inchaço e assimentria facial. Raramente causa dor ou parestesia.
    Radiograficamente a lesão pode ser definida e unilocular, presentando algumas vezes borda esclerótica. Pode ser radiotransparente ou com graus variados de radiopacidade. Algumas lesões podem ser largamente radiopacas, com a periferia radiotransparente.


  • Fibroma Ossificante

    O fibroma ossificante é uma lesão não odontogênica tipicamente encapsulada formada por tecido fibroso muito celular, com formação óssea interna. Pode ter comportamento localmente agressivo. Não existe distinção clara entre os fibromas ossificantes, cementificantes e cemento-ossificantes, todos sendo considerados lesões osteofibrosas derivadas do LPD.

     

    Lesão pouco freqüente, podendo surgir em qualquer idade (+ em adultos jovens), comum em mulheres e região posterior de mandíbula (16 casos na mandíbula para 2 na maxila). Na maxila ocorre mais na região de fossa canina e processo zigomático. Assintomático, exceto quando se desenvolve uma assimetria facial ocasional. Uma das primeiras manifestações clínicas pode ser o deslocamento dental. O crescimento é lento e as corticais ósseas e mucosa permanecem intactas.
    A densidade radiográfica depende da sua fase de desenvolvimento. Nas fases iniciais aparece um defeito radiolúcido no osso. Posteriormente surgem focos radiopacos que ao longo do tempo confluem e a lesão pode tornar-se bem radiopaca ao longo de vários anos.
    A expansão da lesão provoca, além da deformidade óssea (bordos perdem espessura, mas permanecem intactos), o afastamento dos dentes e destruição das estruturas circundantes. Pode haver reabsorção radicular leve ou intensa nos dentes próximos ao fibroma. A lesão é delimitada por halo radiolúcido que corresponde à cápsula fibrosa.

    Diagnóstico Diferencial:
    Lesões radiolúcidas: ameloblastoma, lesões císticas, granuloma de células gigantes;

    Lesões mistas: fibroma cementificante ou cemento-ossificante, cementomas, mixoma e cistos calcificantes, tumor odontogênico adenomatóide, sarcoma osteogênico;
    Lesões radiopacas: displasia fibrosa (bordos mais difusos).

    Tratamento

    Possui prognóstico favorável e o tratamento de eleição consiste em enucleação cirúrgica da massa encapsulada. O tratamento depende dos achados clínicos e dos indícios radiográficos de atividade osteodestrutiva.
  • TOEC: Radiolúcida com alguns pontos delicados radiopacos (favo de mel)

    Cementoblastoma: Radiopaco com halo radiolúcido, porém ligado ao ápice do dente.

    Displasia cementária periapical: mais comum no ápice de dentes anteriores

    Displasia óssea florida: radiopaca, porém bilateral e simétrica na maioria dos casos.

    Fibroma ossificante: Os fibromas ossificantes verdadeiros apresentam uma área radiopaca
    com um halo fino radiolúcido na periferia; alguns relatos exemplificam esse padrão semelhante ao estágio final da
    displasia óssea focal. A expansão vestibulolingual do osso é comum, inclusive lesões extensas mandibulares demonstram
    um arqueamento característico da cortical inferior da mandíbula para baixo. Os dentes adjacentes podem exibir
    divergência das raízes ou reabsorção das mesmas.