I - Impessoalidade - Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos
que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um
expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é
feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações
elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a
um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se
restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom
particular ou pessoal.
II - Concisão - A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso
é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se
redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se
escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se
percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias. não se deve de forma alguma
entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no
afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens
que nada acrescentem ao que já foi dito.
fonte: http://www.glapostilas.tk