A doença de Kienbock é uma condição clínica caracterizada por dor e
perda progressiva de amplitude de movimento no punho, em virtude de
fragmentação e colapso do semilunar.
A teoria atual é de que haja uma somatória de fatores (etiologia
multifatorial), incluindo algum mecanismo de estase venosa com aumento
da pressão intra-óssea, insuficiência arterial constitucional do
semilunar (menor quantidade de vasos penetrantes ou anastomoses
intraósseas), microtraumas repetidos e predisposição mecânica a
cisalhamento.
A doença afeta tipicamente indivíduos jovens (20 a 40 anos) e do sexo
masculino ( 2 vezes mais que em mulheres), sendo quase exclusivamente
unilateral. Os achados clínicos incluem dor, sinovite e diminuição
progressiva de força e flexo-extensão do punho. O sistema de
estadiamento atualmente usado é o descrito por Lichtman em 1977:
Estágio 1: radiografia normal, exceto pela possibilidade de fratura linear.
Estágio 2: aumento da densidade óssea (esclerose do semilunar)
Estágio 3: fragmentação e colapso do semilunar, sendo subdividido em :
3-A: sem perda da altura carpal
3-B: com perda da altura carpal, observada através da subluxação rotatória do escafóide
Estágio 4: pan-artrose do punho