"A anemia hemolítica em pacientes com DF promove hiperplasia compensatória da
medula óssea resultando em alterações no trabeculado ósseo associadas com expansão do osso
e aumento da sobressaliência entre as arcadas, podendo repercutir na estética facial e na
oclusão dentária (AGUILAR et al., 2005; RAMAKRISHNA, 2007; LICCIARDELLO et al.,
2007). Espaços aumentados na medula óssea geralmente aparecem como áreas radiolúscidas
entre os ápices das raízes dos dentes posteriores e na borda inferior da mandíbula, criando em
alguns casos um padrão de trabeculado ósseo horizontal descrito como “stepladder” ou
“padrão em escada” (DEMIRBAŞ et al., 2004; RAMAKRISHNA, 2007; FRANCO et al.,
2007).
As características radiográficas supracitadas foram significativamente mais observadas
em 36 pacientes com AF quando comparados ao grupo controle pareado por idade.
Estreitamento e irregularidade da cortical óssea da mandíbula também foram observados em
22% dos pacientes com AF e em nenhum indivíduo do grupo controle (DEMIRBAS et al.,
2004). Estes resultados corroboram com os achados de Franco e colaboradores (2007) que
observaram trabeculado ósseo horizontal proeminente em 100% dos 8 pacientes falcêmicos
avaliados."
extraído de CRISTINA PINHO PASSOS; ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES BUCAIS
EM PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME 2010