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ID
711760
Banca
FADESP
Órgão
Prefeitura de Breves - PA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Malária é uma doença infecciosa febril aguda, caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, sudorese e cefaléia e com alta frequência no Estado do Pará. Sobre o diagnóstico da malária é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Diagnóstico laboratorial

    O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos especificados a seguir.

    Gota espessa – é o método amplamente adotado no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo

    após o avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz,

    de baixo custo e de fácil realização. Quando executado adequadamente, é considerado padrão

    ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua técnica baseia-se na visualização do parasito

    por meio de microscopia óptica, após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa),

    permitindo a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise da sua morfologia, e dos

    seus estágios de desenvolvimento encontrados no sangue periférico. A determinação da densidade

    parasitária, útil para a avaliação prognóstica, deve ser realizada em todo paciente com malária,

    especialmente nos portadores de P. falciparum. Por meio desta técnica é possível detectar outros

    hemoparasitos, tais como Trypanosoma sp. e microfilárias.

    • Esfregaço delgado – possui baixa sensibilidade (estima-se que a gota espessa é cerca de 30 vezes

    mais eficaz na detecção da infecção malárica). Porém, este método permite, com mais facilidade, a

    diferenciação específica dos parasitos a partir da análise de sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado.

    • Testes rápidos para a detecção de componentes antigênicos de plasmódio – testes

    imunocromatográficos representam novos métodos de diagnóstico rápido de malária. São

    realizados em fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos

    do parasito. Em parasitemia superior a 100 parasitos/μL, podem apresentar sensibilidade de 95%

    ou mais quando comparados à gota espessa. Grande parte dos testes hoje disponíveis discrimina,

    especificamente, o P. falciparum das demais espécies. Por sua praticidade e facilidade de realização,

    são úteis para a confirmação diagnóstica, no entanto seu uso deve ser restrito a situações onde não é

    possível a realização do exame da gota espessa por microscopista certificado e com monitoramento

    de desempenho, como áreas longínquas e de difícil acesso aos serviços de saúde e áreas de baixa

    incidência da doença. Estes testes não avaliam a densidade parasitária nem a presença de outros

    hemoparasitos e não devem ser usados para controle de cura devido à possível persistência de

    partes do parasito, após o tratamento, levando a resultado falso-positivo.

    • Diagnóstico por técnicas moleculares – as técnicas moleculares mais utilizadas para o diagnóstico

    da malária são o Nested PCR (reação da polimerase em cadeia) ou PCR convencional, e o PCR em

    tempo real. O custo elevado, a dificuldade em sua interpretação, a falta de infraestrutura e a falta

    de mão de obra especializada restringem o uso dessas técnicas aos laboratórios de referência.