Malária:
Descrição:
Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores.
No Brasil, a magnitude da malária está relacionada à elevada incidência da doença na região amazônica e
à sua potencial gravidade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco,
principalmente naquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento.
Sinonímia:
Paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna,
além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.
Agente etiológico:
Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana: P. falciparum,
P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi.
No Brasil, há três espécies associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.
O P. ovale está restrito a determinadas regiões do continente africano e a casos importados de malária
no Brasil. O P. knowlesi, parasita de macacos que tem sido registrado em casos humanos, ocorre apenas
no Sudeste Asiático.
Reservatório:
O homem é o principal reservatório com importância epidemiológica para a malária humana.
Modo de transmissão:
Ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, quando infectada pelo Plasmodium spp.
Ao picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no sangue humano, na fase de gametócitos,
são sugados pelo mosquito, que atua como hospedeiro principal e permite o desenvolvimento do parasito,
gerando esporozoítos no chamado ciclo esporogônico. Por sua vez, os esporozoítos são transmitidos
aos humanos pela saliva do mosquito no momento das picadas seguintes. O ciclo do parasito dentro
do mosquito tem duração variada conforme as espécies envolvidas, com duração média de 12 a 18 dias,
sendo, em geral, mais longo para P. falciparum do que para P. vivax.
O risco de transmissão depende do horário de atividade do vetor. Os vetores são abundantes nos
horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o
período noturno. O horário em que há maior abundância de mosquitos varia de acordo com cada espécie,
nas diferentes regiões e ao longo do ano.
Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Outras formas de transmissão, tais como
transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas contaminadas ou transmissão congênita também
podem ocorrer, mas são raras.
Período de incubação:
Varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para P. falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, 13 a 17; e P.
malariae, 18 a 30 dias.
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf