SóProvas


ID
723847
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Na consulta de enfermagem ao trabalhador portador de paraplegia necessitando de orientação sobre cateterismo vesical intermitente, o enfermeiro deve enfatizar que

Alternativas
Comentários
  • CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE DOMICILIAR

    Separar o material para o autocateterismo vesical intermitente: sabão, lubrificante estéril, cateter vesical e recipiente para depositar a urina.
    A técnica para a realização do autocateterismo vesical compreende a seguinte seqüência:

    Técnica de Passagem

    Orientar o paciente ou cuidador quanto à:

    1. Higienizar as mãos com água e sabão;
    2. Lavar a região perineal e genital com água e sabão;
    3. Verificar se o cateter vesical encontra-se fechado;
    4. Passar gel lubrificante na ponta do cateter;
    5. Introduzir o cateter no meato uretral, aproximadamente 30 cm em homens e 20 cm em mulheres;
    6. Posicionar o recipiente coletor próximo à saída de urina;
    7. Abrir o dispositivo do cateter e observar a saída da urina por aproximadamente 10 a 15 minutos ou até cessar a drenagem;
    8. Retirar o cateter lentamente quando cessar a saída de urina.

    Freqüência da Cateterização

    A freqüência da cateterização não deverá ultrapassar o intervalo de 6 horas, recomenda-se a cada 4horas. Se em uma drenagem o volume ultrapassar 600 ml é necessário aumentar a freqüência da cateterização.
     
  • Item correto, letra B

    O propósito é permitir que ocorra o esvaziamento completo da bexiga, facilitando a preservação do trato urinário.
    Não havendo necessidade de deixarmos o cateter no trato urinário inferior o tempo todo, evitam-se as complicações dos cateteres de demora.

    Os pacientes devem ser instruídos a lavar bem as mãos, usar cateteres e lubrificantes não contaminados, além de limpar a região do meato uretral antes da introdução do cateter. A limpeza das mãos e do meato uretral pode ser feita com água e sabão. Podem ser usados cateteres estéreis descartáveis, ou cateteres reutilizados, desde que os mesmos sejam lavados e secos após
    cada uso, sendo posteriormente armazenados em local limpo.O reaproveitamento de cateteres não  aumenta a incidência de infecção do trato urinário.

    Fonte: Lelis MAS. Cateterismo vesical intermitente- técnica limpa: aspectos envolvidos na sua utilização comoinstrumento terapêutico em pacientes com disfunção vésico-esfincteriana [Tese de doutorado]. São Paulo:Universidade
    Federal de São Paulo;2003.

  • O cateterismo vesical consiste na introdução de um cateter na bexiga, pela uretra, com a finalidade de drenar urina. Utilizando-se, para a realização do procedimento em domicílio pelo próprio paciente ou cuidador, a técnica limpa e não a asséptica.

    Dentre as intervenções pertinentes ao tratamento da disfunção vesico-urinária na pessoa com lesão medular, destacamos o cateterismo vesical intermitente técnica limpa (CVITL), que consiste na introdução de um cateter lubrificado na bexiga pela uretra, em períodos diários pré-estetabelecidos e sua remoção após a drenagem urinária, sendo uma intervenção efetiva para prevenção e tratamento de complicações. Portanto, o procedimento realizado em domicílio, considerado como técnica limpa, dispensa o uso de luvas estéreis sem aumentar o risco de infecção urinária.  Alternativa B está correta.

    Para a passagem da sonda deve-se lavar bem as mãos com sabão e água corrente. Colocar todo o material que vai usar ao alcance das suas mãos. Realizar a limpeza local com sabão neutro, utilizando gaze, retirar o sabão com água corrente, utilizando outra gaze, seguindo a orientação do enfermeiro. Lavar novamente as mãos com sabão e água corrente. Abrir a embalagem original da sonda, conferir se o número é o definido, passar gel anestésico 2 % na extremidade da sonda que será introduzida (2 cm).  A alternativa D está errada, já eu não é recomendado lavar as mãos com clorexedine, mas sim com água e sabão, além disso, não se coloca o gel direto no meato uretral.

    Após esvaziar a bexiga e retirar a sonda deve-se orientar a lavar a sonda por dentro, com auxílio da seringa, com água corrente. Colocar sabão numa gaze e deslizar a gaze na sonda, uma única vez. Lavar a sonda por fora com água corrente para retirar o sabão. Guardar a sonda e a seringa num vidro bem limpo ou marmita (lavado com água fervente diariamente) e tampar. Alternativa A está errada.

    Após a introdução da sonda é aconselhável massagear a região da bexiga para favorecer a saída da urina, deve-se aguardar o esvaziamento completo da bexiga. Porém a massagem ajuda na drenagem da urina e não na diminuição da sensação de plenitude vesical. Afirmativa C está errada.

    A frequência ideal para a cateterização é de quatro a seis vezes por dia, evitando-se assim volumes urinários maiores que 500 ml. Alternativa E está errada.


    Gabarito do professor: Letra B


    Bibliografia


    Moroóka M, Faro ACM. A Técnica limpa do autocateterismo vesical intermitente. Rev Esc Enferm USP 2002; 36 (4): 324-31.

    Assis GM, Faro ACM. Autocateterismo vesical intermitente na lesão medular. Rev Esc Enferm USP 2011; 45(1):289-93.

    http://www.campinas.sp.gov.br/sa/impressos/adm/FO1...