HEPATITE B
Apesar do vírus de hepatite B ser excretado pelo leite materno, com dados disponíveis até o momento, não contra-indica a amamentação
A transmissão perinatal pode ocorrer quando a mãe é HBs Ag Positivo (especialmente as HB e Ag Positivo) através do sangue e secreções.
Conduta: lavar bem o RN retirando todo o vestígio de sangue e/ou secreção materna; indicar a amamentação mesmo que haja sangramento em fissura mamária; administrar nas primeiras 12 horas (no máximo até 24 horas) IGBH (Imuniglobulina Específica contra Hepatite B) 0,5 ml/dose única, via intramuscular ou 1,5 ml de imunoglobulina Atendard (I.M.); administrar, até o 7º dia de vida, a 1º dose de vacina contra hepatite B na dose de 0,5 via intramuscular.
DENGUE
Não contra- indica a amamentação. Transmissão pelo vetor.
HANSENÍASE
Não contra- indica a amamentação.
A transmissão pode ser feita através de contato interno-humano, preferencialmente prolongado, secreções nasais e através da pele intacta.
Conduta com mãe contagiante ou bacilífera (não-tratada ou tratada há menos de três meses com sulfona ou três semanas com rifampicina: evitar contato íntimo mãe-filho; amamentar com máscara ou similar; lavar cuidadosamente as mãos, antes de manipular a criança; desinfecção de secreções nasais e lenços.
GALACTOSEMIA é uma doença metabólica rara, de fundo genético. A deficiência de uma enzima do metabolismo da galactose não permite que esta seja transformada em glicose, principal fonte de energia do organismo.
DOENÇAS DE CHAGAS
Não contra-indica a amamentação, só em caso de haver fissura sangrante, pode ocorrer parasitomia e, consequentemente, passagem do T. Cruzi. Durante esta etapa não amamentar.
Alternativa correta letra E
Doença de Chagas
Modo de transmissão:
Vetorial -
Vertical – ocorre, principalmente, pela via transplacentária e pode ocorrer em qualquer fase da doença (aguda ou crônica). A transmissão pode ocorrer durante a gestação ou no momento do parto. Há possibilidade de transmissão pelo leite, durante a fase aguda da doença. Já em nutrizes na fase crônica, a transmissão durante a amamentação pode ocorrer em casos de sangramento por fissura mamária e não propriamente pelo leite.
Por via oral –
Transfusional –
Por transplante de órgãos -
Fonte: Guia de vigilancia em saúde - MS - 2019
Outra literatura;
Já nas seguintes situações maternas, recomenda-se a interrupção temporária da amamentação:
• Infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia;
• Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber Imunoglobulina Humana Antivaricela Zoster (Ighavz), disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES) (BRASIL, 2006), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais precocemente possível;
• Doença de Chagas, na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente;
• Consumo de drogas de abuso:a Academia Americana de Pediatria (contraindica o uso durante o período da lactação das drogas de abuso anfetaminas, cocaína, heroína, maconha e fenciclidina. A Organização Mundial da Saúde considera que o uso de anfetaminas, ecstasy, cocaína, maconha e opióides não são contraindicadas durante a amamentação. Contudo, alerta que as mães que usam essas substâncias por períodos curtos devem considerar a possibilidade de evitar temporariamente a amamentação. Há carência de publicações com orientações sobre o tempo necessário de suspensão da amamentação após uso de drogas de abuso. No entanto, alguns autores já recomendaram determinados períodos de interrupção (Tabela 3). Ainda assim, recomenda-se que as nutrizes não utilizem tais substâncias. Se usadas, deve-se avaliar o risco da droga versus o benefício da amamentação para orientar sobre o desmame ou a manutenção da amamentação. Drogas consideradas lícitas, como o álcool e o tabaco, também devem ser evitadas durante a amamentação. Contudo, nutrizes tabagistas devem manter a amamentação, pois a suspensão da amamentação pode trazer riscos ainda maiores à saúde do lactente (BRASIL, 2010b).
Fonte: Saúde da criança e Alimentação saudável - CAB 23 - MS