- ID
- 726115
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- STJ
- Ano
- 2012
- Provas
- Disciplina
- Medicina
- Assuntos
Um homem de cinquenta e quatro anos de idade procurou
atendimento médico, informando que havia cerca de uma hora
começara a apresentar, de forma súbita, cefaleia holocraniana
associada a perda da força muscular no lado direito do corpo (mais
intensa no membro inferior direito) e dificuldade de falar
corretamente. Seu filho relatou que o paciente havia sido
previamente diagnosticado com hipertensão arterial sistêmica (em
uso de enalapril), diabetes melito (controlado com dieta) e
hipercolesterolemia. Além disso, o paciente é tabagista crônico. O
exame físico mostrou pressão arterial de 140 mmHg × 90 mmHg no
membro superior esquerdo, frequência cardíaca de 95 bpm,
temperatura axilar de 37 ºC. O paciente estava consciente,
orientado, com disfasia de expressão, eupneico. O exame
neurológico mostrou pupilas isocóricas e fotorreagentes,
hemiparesia direita (com predomínio no membro inferior direito),
sem sinais de irritação meníngea. O exame segmentar não indicou
outras alterações. O hemograma completo (com contagem de
plaquetas) estava normal; glicemia de 95 mg/dL; tempo ativação de
protrombina — relação normalizada internacional (INR) de 1,0. O
paciente foi submetido a tomografia computadorizada do crânio
(sem contraste) que mostrou hipoatenuação envolvendo um terço do
território da artéria cerebral média e ausência de sinais de
hemorragia.
Considerando esse caso clínico, julgue os itens que se seguem.
Como não há contraindicações e a janela de tempo é favorável, recomenda-se a realização de trombólise intravenosa nesse paciente no menor prazo possível, com administração, de forma isolada, do tirofiban, um antagonista da glicoproteína IIb/IIIa, já que as mais recentes evidências mostram maior benefício e menor risco quando se usa esse medicamento.