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ID
731833
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A questão social foi posta como alvo da intervenção do Estado e das políticas sociais de forma sistemática e contínua

Alternativas
Comentários
  • Resposta b

    No início do século XX cresce o monopólio de empresas que se agrupam e controlam a produção e o mercado para venda de seus produtos, com fortes leis protecionistas, aumento da produtividade pelo desenvolvimento de novas técnicas de produção e novas alternativas energéticas. Essa nova forma de produção afeta principalmente as condições de vida dos operários e apresenta sequelas que desembocam em expressões da questão social, tais como desemprego, moradia insalubre, inexistência de direitos sociais. Apontamos, ainda, o posicionamento do Estado perante esse quadro conjuntural, que, para legitimar o capitalismo monopolista, implementa estratégias para sanar os problemas sociais. Essas resoluções são enquadradas na ótica de correção dos conflitos existentes entre a burguesia capitalista e os trabalhadores.
  • Maria Augusta Tavares ao discutir o tema "Acumulação, trabalho e desigualdades sociais" afirma:

     

    A partir de 1870, o capital entra na sua fase de expansão e amadurecimento, a fase dos monopólios. Isso não significa que a concorrência é inteiramente cancelada, contudo, livre concorrência,no sentido preciso de franco liberalismo, só foi permitida à Inglaterra, por ter sido a primeira a industrializar-se. Na fase monopolista, toma forma a estrutura da indústria moderna e das finanças capitalistas. O surgimento das empresas de sociedade anônima, os cartéis e outras formas de combinação são expressões da concentração e centralização do capital. O capitalismo monopolista abrange o aumento de organizações monopolistas, a internacionalização do capital, a divisão internacional do trabalho, o imperialismo, o mercado mundial do capital, as mudanças na estrutura do poder estatal. Há uma reorganização da vida social, alterando papéis femininos e transferindo-se para o mercado quase todas as atividades tradicionalmente a cargo da família. Com isso, aumenta a necessidade de instituições, como escolas, hospitais, prisões, manicômios e, também, de assistência social. Não é por acaso que o surgimento do Serviço Social como profissão coincide com esse momento. (p.11 a 12).

     

     

    Fonte:TAVARES M.A.,  Acumulação, trabalho e desigualdades sociais in “Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais” (CFESS, 2009)