Maria Augusta Tavares ao discutir o tema "Acumulação, trabalho e desigualdades sociais" afirma:
A partir de 1870, o capital entra na sua fase de expansão e amadurecimento, a fase dos monopólios. Isso não significa que a concorrência é inteiramente cancelada, contudo, livre concorrência,no sentido preciso de franco liberalismo, só foi permitida à Inglaterra, por ter sido a primeira a industrializar-se. Na fase monopolista, toma forma a estrutura da indústria moderna e das finanças capitalistas. O surgimento das empresas de sociedade anônima, os cartéis e outras formas de combinação são expressões da concentração e centralização do capital. O capitalismo monopolista abrange o aumento de organizações monopolistas, a internacionalização do capital, a divisão internacional do trabalho, o imperialismo, o mercado mundial do capital, as mudanças na estrutura do poder estatal. Há uma reorganização da vida social, alterando papéis femininos e transferindo-se para o mercado quase todas as atividades tradicionalmente a cargo da família. Com isso, aumenta a necessidade de instituições, como escolas, hospitais, prisões, manicômios e, também, de assistência social. Não é por acaso que o surgimento do Serviço Social como profissão coincide com esse momento. (p.11 a 12).
Fonte:TAVARES M.A., Acumulação, trabalho e desigualdades sociais in “Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais” (CFESS, 2009)